Ato histórico inaugura o Fórum Social Mundial na Bahia

Na noite desta última terça-feira (13), milhares de pessoas do mundo inteiro presenciaram o ato histórico que deu abertura a primeira edição que acontece no nordeste do Fórum Social Mundial, na capital baiana
Botão Siga o Disparada no Google News

Na noite desta última terça-feira (13), milhares de pessoas do mundo inteiro presenciaram o ato histórico, no Campo Grande, com encerramento na emblemática praça Castro Alves, que deu abertura a primeira edição que acontece no nordeste do Fórum Social Mundial, na capital baiana.

Mas na verdade, o que ocorreu não foi um ato inaugural deste evento mundial, polo dos direitos de todos os povos. Os que estavam lá, assim como eu, foram capazes de presenciar uma experiência cultural que ultrapassa qualquer expectativa sobre o evento que ocorrerá nesta semana.

Ultrapassa todos os atos políticos e sociais que nós, jornalistas e fotógrafos, pudemos cobrir.

Porque a cultura baiana gritou e soou aos tambores do samba e do axé. Os trajes, as crenças e fé da umbanda e do candomblé saltaram à imagem.

O povo brasileiro contou sua história: materializou, em arte e cultura nacional, que a população negra resiste a seu genocídio e seguirá em luta pelo fim da desigualdade racial e de classes, rumo à formação de uma Nação em que os povos e comunidades tradicionais tenham território e reconhecimento.

E esse é somente um dos propósitos do Fórum Social Mundial, eletrizado pela terra úmida e histórica da cultura popular brasileira.

Com o tema “Resistir é criar, resistir é transformar”, é preciso lembrar que o nordeste resiste como polo cultural brasileiro, e é necessário transformar a visão nacional que lhe reduz.

Nunca tive tanto orgulho de poder chamar o Brasil de meu país. E viva Bahia!