Fórum Social Mundial recebe Lula em Assembleia das Democracias

Assembleia pela Democracia no Fórum Social Mundial - 2018 - BA
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A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.

 

A estrutura do ato, que é parte do 17º Fórum Social Mundial, era grandiosa. Enormes caixas de som, painéis de LED, placas de aviso, câmeras, filmadoras, área de imprensa, seguranças engravatados e assistentes de todo o tipo compunham a cena. O povo, que viera para ver as grandes personalidades da esquerda presentes – em especial o ex-presidente Lula – não encheu o estádio, mas estava animado.

Como já é costumeiro, começamos com duas horas de atraso. Entre o primeiro bloco de convidados e o resto do ato, apresentou-se o grupo Ile Aiye, com seus cantos e tambores africanos. Esse foi um dos pontos altos da noite.

Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada na noite anterior, foi lembrada em praticamente todas as falas dos presentes. O ponto comum nas intervenções foi a resistência contra os retrocessos pelos quais passa o Brasil e a defesa da democracia. Marielle foi lembrada como mais uma vítima do genocídio da população negra e da depressão da democracia no país.

Entre os últimos a falar estiveram Manoel Zelaya, presidente deposto de Honduras, Gleisi Hoffmann, senadora e presidente do PT, Manuela D’ávila, pré-candidata a presidência pelo PCdoB e Rui Costa, governador da Bahia.

Aos que assistiram, pareceu que houve uma ascensão na qualidade das falas, culminando na intervenção de Lula, mas, ao mesmo tempo, era impossível não perceber a carência de um projeto político, econômico e social que pudesse ser colocado na disputa com a direita. As falas repetiam-se, exaustivamente, nos temas da resistência, da luta, da defesa da democracia e dos direitos, mas não apontavam aos militantes uma orientação clara nem algo mais concreto que pudesse ser defendido.

Lula

Como quase sempre, Luiz Inácio soube encerrar a noite. Primeiro, evocou Marielle: “os cafajestes que mataram Marielle não percebem que mataram apenas a carne dela. As ideias dela hoje são muito mais fortes do que quando ela estava em vida, andando sozinha pelas ruas do Rio”. Enganchou com o tema da intervenção militar no Rio, defendendo uma solução que passasse pela maior presença do Estado, mas com serviços de saúde e educação. Elogiou Manoela e disse que tem orgulho de poder concorrer com ela à presidência da República.

Foi incisivo ao ressaltar o papel da Rede Globo no golpe de 2016. “Eles se acham no direito de de tirar uma presidente. Eles se acham no direito de ter um candidato a presidência, e tudo que eu queria era disputar contra o candidato da Rede Globo”, disse.

Sobre a prisão, o ex-presidente tentou mostrar-se despreocupado. “Não adianta perseguir o Lula, não adianta me perseguir, não adianta evitar que eu seja candidato. Porque eles podem fazer tudo conosco, mas as nossas ideias já estão no ar. Querem me prender para calar minha voz, eu falarei pela voz de vocês. Quem me prender pra me botar numa cela e eu não poder andar, eu andarei pela perna de vocês. Querem me prender para que eu não possa pensar. Eu pensarei pela cabeça de vocês”.

A retórica é explosiva, mas simples, e Lula se diferenciou muito dos outros oradores por ter conseguido ao mesmo tempo uma fala compreensível e rica em conteúdo. Não que o ex-presidente esteja despojado de falhas semelhantes aos de seus antecessores no palco aquela noite, mas sem dúvida ele soube falar ao povo, e animá-lo para a dura luta que este povo tem pela frente.

Confira a cobertura fotográfica da Assembleia:

lula no fórum social mundial 2018

A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.

 


Texto por Marcos Hermanson

Fotos por Amanda Salgado