99 anos do paraibano Celso Furtado, o maior intérprete do subdesenvolvimento e um dos maiores brasileiros do século XX.
Serviu na Força Expedicionária Brasileira, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, criou a Sudene, durante o governo JK, para desenvolver o Nordeste (o projeto foi deixado às traças durante a Ditadura Militar), e foi o primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, posto criado para ele, durante o governo João Goulart diante das necessidades da crise que precedeu o golpe. Apesar de ter sido um professor de êxito na França durante o exílio, nunca exerceu a profissão no Brasil, uma enorme injustiça da academia brasileira com um gigante teórico e prático da economia e intérprete da nação.
Foi Ministro da Cultura após a redemocratização e deixou de legado uma obra fundamental pra entender o país, escrita em 1959: Formação Econômica do Brasil.
Sem ler Celso Furtado não se entende que o problema brasileiro não é moral, é político e econômico e se chama “subdesenvolvimento”.
De pensar em tudo o que se fez pelo país a duras penas e tudo o que se perdeu tão rapidamente, dá para desconfiar dos agrotóxicos, dos hormônios e dos antibióticos colocados em nossa junk food. O que aconteceu conosco, Celso Furtado?
Tanto fizeram para superar Celso. Entretanto, a sua obra segue um caminho para nosso atraso.
Salve Celso!
Ano que vem, Salve Anísio Teixeira.
2020 – O Ano Anísio Teixeira.
Sim, o subdesenvolvimento… Saint Hilaire ha 200 anos relatava em uma das suas viagens a província de Minas Gerais… o seminário de Mariana (na época de sua passagem por lá) estava abandonado. Segundo ele nenhum dos abastados locais contribuía para restaurar o prédio,que podia abrigar escola para educar as crianças… o único que foi mandado para a Europa, as expensas do erário público para aprender sobre mineralogia e metalurgia ( e consequentemente alavancar a extração mineral local, sem depender da importação) não voltou, nem deu satisfação. Investimento perdido. Isso ha 200 anos… e continuamos a fazer “ progressos” na regressão ao estado de miséria econômica e intelectual.
[…] economista paraibano que, em 2020, completaria cem anos de vida, foi certamente um dos maiores, senão o maior, pensador brasileiro do século XX. Seu legado […]
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