Metade das disciplinas deveriam ter o tempo severamente reduzidos em prol da criação de outras tantas cujo escopo seria o de criar condições de transmissão e reprodução da cultura local.
As crianças tem aprender sobre a música e os instrumentos musicais da região, as atividades econômicas típicas, as atividades artesanais e outros tantos tópicos que poderiam, inclusive, ser um fator de integração da população local à escola. Tem de ter aula de capoeira, tem de ter aula de ”lendas” e de ”folclore”.
Mas nós persistimos imitando o debate curricular imposto pelos centros capitalistas, um teatrinho, já que para o capitalismo que se pratica por aqui basta saber assinar o nome e dominar a operação de soma.
A educação não deve servir a esse teatro capitalista, ele deve servir à reprodução da cultura de cada região do país, como contraponto, inclusive, à montanha de merda que as classes populares estão expostas por meio da TV e do rádio, elos da indústria cultural e de todos os seus vícios.
Por André Luiz Dos Reis