A Seleção está pronta

Tite
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Brasil e Áustria se enfrentaram na manhã deste domingo (10) para mostrar ao mundo como chega uma das favoritas à Copa.

Antes do baile, o Brasil tentou prestar homenagem a Maria Esther Bueno, uma das maiores atletas da história do País. A Federação Austríaca, contudo, vetou o tradicional minuto de silêncio, atitude condizente com a nova diretriz política do país europeu, ditada pelo recém-empossado governo de extrema-direita e de matriz ultranacionalista. Não estão abertos para homenagens a pessoas de além-mar.

Fazer o quê? Rolem a bola que a gente vê.

Tite, desde seus tempos de Corinthians, diz que dominar o jogo é ter a posse da bola; controlar o jogo, por outro lado, é não deixar o adversário finalizar. Moldar a escalação e o estilo de jogo em torno disso fez com que o clube paulista, nas mãos de Adenor, tivesse a melhor defesa em quase todos os campeonatos que disputava. É exatamente o que acontece na Seleção Brasileira.

Pouco ameaçado, o Brasil chutou oito vezes a gol no primeiro tempo, vindo pela esquerda, pela direita e pelo meio. O gol, contudo, foi mais fruto do acaso do que da estratégia. Marcelo pegou o rebote de um escanteio cobrado da direita e mandou uma pancada para o gol. A bola espichou na zaga austríaca, sobrando para o 9, aquele que não deve perder gol cara-a-cara com o goleiro. Não deu outra. Gabriel Jesus bateu rente à trave na saída do goleiro e abriu o marcador.

Foi uma boa primeira etapa. O futebol moderno desenvolveu muito alguns esquemas defensivos, na base da marcação e do contra-ataque. A linha de 5 formada à frente da área da seleção austríaca era um gargalo difícil de transpor. Na volta do intervalo, o técnico da Áustria cometeu o erro de achar que deveria sair para o jogo. Desfez a linha defensiva e reforçou o meio campo. Provavelmente não conhecia Tite. Acontece.

Toda vez que a Seleção recuperava a bola na zaga, os meias e os atacantes disparavam em direção à desprotegida zaga austríaca. Os laterais Danilo e Marcelo ficavam na companhia dos zagueiros Miranda e Thiago Silva enquanto Casemiro, Paulinho, Coutinho, Neymar, William e Jesus, a blitzkrieg brasileira, faziam de todo ataque um lance perigoso.

Não deu outra. Neymar ampliou o placar ao receber a bola em liberdade, deixar o marcador no chão e bater por debaixo do goleiro. Coutinho fez o último da partida ao receber em velocidade dentro da área e bater na bochecha do gol. A partir de então, aconteceu um festival de belíssimas jogadas, triangulações, bolas na trave e quase-gols. O placar de 3×0 foi modesto levando em conta o entrosamento mostrado pela Seleção.

Tite chega a 21 partidas à frente da Seleção, com 17 vitórias, 3 empates e 1 derrota. São 47 gols marcados e incríveis 5 gols sofridos.

Estamos prontos.