Não é só pelos shows e pelas celebridades: é pela cidade: A importância da Virada Cultural como direito à cidade

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Foto: Prefeitura de São Paulo
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Fonte: Prefeitura de São Paulo

Depois do fracasso da edição passada, a única da ‘jestão’ do ex-prefeitop, a Virada Cultural volta a sua caracterização original: ocupar o centro da cidade através da cultura.

Eu gosto da Virada porque as 24h de ocupação festiva, pedestre das ruas, numa cidade marcada pelo primado dos automóveis e pela desigualdade do acesso à cultura, nos permite repensar a cidade, o direito à cidade.

O direito à cidade é um direito de mudar a nós mesmos, mudando a cidade. Transformar a infraestrutura e a cultura urbana é construir um novo modo de vida, e uma nova personalidade para a cidade e seus cidadãos.

O direito à cidade é um direito coletivo porque depende do exercício do poder social para dar nova forma a cidade. Em minha visão, a recaracterização da Virada Cultural, depois do fiasco da edição passada, mostra a manifestação desse direito.

A Virada Cultural revela uma nova cidade a seus habitantes e visitantes: uma cidade acessível 24h, em que as ruas não são só para circulação de automóveis e mercadorias, mas espaço de amplo convívio social, democratização do acesso à cultura e exercício da cidadania.

Não é só pelos shows e pelas celebridades: é pela cidade. Bora curtir a Virada?