RICARDO CAPPELLI: Presidente da CEF defende banco público: reflexões ou retórica?

Pedro Guimarães, presidente da CEF. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Pedro Guimarães, presidente da CEF. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
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O presidente da CEF, na Folha de hoje, defende a missão social do banco público, diz que vai abrir pontos da instituição nos 5.570 municípios, que vai continuar reduzindo os juros do cheque especial – os menores do mercado hoje -, e se coloca contra a privatização da instituição.

Pedro Guimarães, presidente da CEF. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Pedro Guimarães, presidente da CEF. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Afirma que vai lançar crédito imobiliário com juros pré-fixado e que vai à China e à Índia para trazer ao Brasil a lógica de sucesso das políticas de microcrédito.

Guedes já tabelou os juros do cheque especial e pressiona os grandes bancos através do BC a abrirem espaço para fintechs e bancos digitais nos caixas eletrônicos.

Temos hoje a menor Selic da história e teremos em 2020 a menor taxa real também. Nosso títulos de curto prazo serão trocados por outros, com taxas bem mais civilizadas.

São medidas que não guardam qualquer semelhança com o discurso ultraliberal do início. Flexões táticas? Retórica vazia ou adequação ao “Transatlântico Brasil” que a turma da equipe econômica não conhecia?

Medidas certas? Erradas? Terão impacto na economia real? De qualquer forma, fica a impressão de que a oposição terá que refinar seu discurso. A situação parece estar ficando um pouquinho mais complexa.

Por Ricardo Cappelli