Samuel Pessoa defende o desemprego e ele não está só

Samuel Pessoa não apenas é um péssimo economista. Samuel Pessoa também não tem nenhuma sensibilidade social. Por este motivo, tem espaço privilegiado, aos domingos, na Folha de S. Paulo.
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Samuel Pessoa não apenas é um péssimo economista. Samuel Pessoa também não tem nenhuma sensibilidade social. Por este motivo, tem espaço privilegiado, aos domingos, na Folha de S. Paulo.

Hoje (1), ele faz copiosa defesa de um dos economistas prediletos do PT, Joaquim Levy, que teve marcantes passagens nas administrações Lula I e Dilma II. Ao tratar da necessidade do ajuste fiscal petista de 2015-16, ele Pessoa o seguinte:

“Adicionalmente, havia hiperemprego, isto é, a taxa de desemprego estava abaixo da natural. Não fazer o dolorido ajuste de Levy seria aceitar a aceleração permanente da inflação”.

Hiperemprego é conceito econômico que parece saído de filme da Marvel. Em linguagem pedestre, People diz que havia pleno emprego e que isso é inadmissível na boa ciência econômica. O pleno emprego fortalece demandas dos trabalhadores, que não teriam medo de perder suas vagas para reivindicar melhores salários.

Dilma, Levy e Nelson Barbosa miraram nesse suposto problema para dobrar os índices de desemprego em um ano e meio. Foram amplamente vitoriosos, como se sabe. O desemprego em março de 2016 atingiu 13 milhões de brasileiros, quando em dezembro de 2014 eram 7 milhões. Um portento.

Para neoliberais, essa é a melhor maneira de se evitar a inflação. Dá-se logo uma paulada na demanda.

Curioso não é gente assim fazer e defender isso. Curioso é terem generosos espaços à direita e à esquerda.