180 mil mortos: Bolsonaro tem que pagar pela tragédia que não evitou

180 mil mortos na pandemia: Bolsonaro tem que pagar pela tragédia que não evitou
Foto: Flickr/ Palácio do Planalto
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Ontem à noite (14/12) foi confirmada a morte de Paulinho, vocalista do Roupa Nova, em decorrência da Covid-19. Outro dia morreu um gênio do Fundo de Quintal, o eterno Ubirany, também arrancado da gente. Eu nem tenho falado mais sobre cada perda não por não senti-la, mas por engasgar de tristeza e indignação. É uma tragédia nacional nunca antes vista nessas terras.

E digo isso não porque morreram artistas que eu admiro, embora cada vida perdida valha uma vida inteira de luta. Também não é apenas – e nunca é apenas – pela centena de amigos meus que perderam alguém, e po (xxx), a gente perde junto. Amigos da vida e das próprias redes sociais que nos enchem de esperança ou de desespero, dependendo de onde você lê um comentário ou um texto bem escrito.

Mas falo dos mais de 180 (CENTO E OITENTA) mil brasileiros e brasileiras que perderam suas vidas. E muitas dessas mortes, que destruíram famílias inteiras, poderiam ser evitadas não fosse a ignorância, a irresponsabilidade e a conduta omissa e portanto criminosa do presidente da República.

Por isso resolvi escrever esse texto, um desabafo de quem treme o corpo inteiro ao ver uma injustiça, uma covardia, e essa é a maior de todas já feitas em solo nacional.

Meu desabafo é este que vos segue:

Bolsonaro tem que pagar por isso. Ele precisa pagar, gente. Ele é um criminoso, um genocida que se apossou das instituições do nosso país pra defender os interesses – e acobertar os crimes – da sua família de trambiqueiros de quinta categoria.

Ele precisa ser expulso do quadro das Forças Armadas e ser condenado a no mínimo 30 anos de cadeia pública.

E se não houver coragem – ou vergonha na cara – daqueles que seguram o martelo da (in)justiça brasileira, que seja julgado e condenado em tribunais internacionais que existem justamente para conter genocidas como o próprio.

Aliás, no domingo (13/12), o Tribunal Penal Internacional, o Tribunal de Haia, disse que está examinando uma queixa contra Bolsonaro por conta da situação da população indígena, onde é acusado de “incitar o genocídio” e “promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas” do País. É simplesmente a primeira vez na história que um chefe de estado brasileiro fica sob avaliação formal por parte do órgão internacional.

Além disso, existem denúncias de crime contra a humanidade contra Bolsonaro no tribunal de Haia por conta da sua conduta, no Brasil, frente a maior pandemia da história da humanidade. Dois deles eu registro aqui:

Uma é liderada por uma coalizão que representa mais de um milhão de trabalhadores da saúde no Brasil e apoiado por mais de 50 entidades e sindicatos brasileiros e estrangeiros.

A outra foi protocolada pelo PDT de Ciro Gomes, que aliás não passa um dia sequer sem denunciar os crimes do pior presidente da história do país enquanto apanha de tudo que é lado, não raramente com mentiras e ilações que muitas vezes iludem os bem intencionados mais desavisados.

Mas vamos em frente, companheiros e companheiras. Nós vamos vencer as mentiras. Vamos vencer a pandemia. E vamos vencer a ignorância.

O impeachment se faz urgente. Não há mais qualquer clima político, econômico e social para o homem mais terrível, vil, que já se sentou na cadeira presidencial. E olha que ainda sim tem outros fortes concorrentes.

Eu vou lutar muito pelo meu país e com todo respeito, com muita fé em Deus e nos homens e mulheres que estão e todos mais que estarão ao meu lado. E que cada um de nós sinta nos ombros o peso da responsabilidade que carregamos todos no momento mais importante e decisivo da história, e que vai decidir o futuro do Brasil. Incluído aí o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

O futuro dos nossos filhos, sobrinhos e netos está em jogo. Chega de brincar com a vida e os sonhos das pessoas. Precisamos, como nunca, falar sério. Muito sério. Abandonar a utopia dos sonhos e pensar em soluções reais ouvindo a voz da favela, da periferia e das ruas de várias classes que se unem num fato que muitos tentam esconder: somos todos classe trabalhadora. Somos todos irmãos e irmãs. Somos todos brasileiros.

Pensemos nisso. Vamos juntos mudar esse país. Contem comigo como eu conto com cada um de vocês. Chegou a hora da verdade.

180 mil mortos: Bolsonaro tem que pagar pela tragédia que não evitou
Foto: Agência Brasil