Como antecipado pela Globo, os prints de Moro contra o bolsonarismo eram só o começo. Já no dia seguinte ao rompimento entre as facções da antipolítica, o inquérito do STF contra o “Gabinete do Ódio” dos Bolsonaros aponta Carlos como mentor da quadrilha. O inquérito é tocado pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes, indicado por Temer.
Até mais importante do que a exposição de Carlos Bolsonaro como chefe de quadrilha das milícias digitais foi a blindagem que Moraes estabeleceu aos delegados que tocam as investigações. Tanto o inquérito sobre as Fake News e perseguição virtual a desafetos, como o novo inquérito sobre as manifestações golpistas de Bolsonaro no domingo (19/04) passado, estão sob comando do mesmo grupo de policiais, e o ministro do STF proibiu que as equipes sejam removidas. Isso porque Bolsonaro pretende nomear para o comando da PF Alexandre Ramagem, atual diretor da ABIN, que é um bolsonarista, indicação pessoal do próprio Carlos.
É possível que Bolsonaro nem consiga realizar a nomeação, devido às diversas ações no STF contra a intervenção indevida do presidente na Polícia Federal. Com o clima totalmente desfavorável para Bolsonaro, não é exagero imaginar que o Judiciário tope barrar a nomeação assim como fez diversas vezes com Dilma, impedindo Lula de assumir a Casa Civil, e Eugênio Aragão de assumir o Ministério da Justiça. Lula foi barrado por Gilmar Mendes no Supremo, e Aragão foi barrado ainda na primeira instância, e teria sido também no STF se Dilma não tivesse caído antes. O Judiciário pode atuar, como atuou no passado, para ajudar a impedir Bolsonaro de governar agravando a crise rumo à derrubada do presidente.
É bom lembrar que há um ano atrás a guerra de espionagem entre o bolsonarismo e o Supremo já estava a todo vapor. E Alexandre de Moraes é o pitbull da política nessa selvageria. O ministro foi nomeado por Temer justamente por sua capacidade de atuar na inteligência policial devida a sua experiência no governo de São Paulo, para atuar contra o corporativismo judicial da antipolítica, e após a eleição de Bolsonaro, tornou-se peça chave também na luta contra o bolsonarismo.
Atualização: O ministro Alexandre de Moraes determinou buscas e apreensões contra diversos alvos do inquérito das fake news. Entre eles estão parlamentares bolsonaristas como a deputada federal Carla Zambelli e o deputado estadual Douglas Garcia, blogueiros de extrema-direita como Allan dos Santos e Sara Winter, políticos proeminentes como o presidente do PTB condenado por corrupção Roberto Jefferson, e empresários financiadores do bolsonarismo como Luciano Hang das Lojas Havan. O ministro do STF apreendeu computadores, celulares, e quebrou sigilos bancários de diversos investigados, incluindo o período das eleições de 2018 devido à suspeita de Caixa 2 para a campanha vitoriosa de Bolsonaro. O presidente e seus filhos reagiram com mais ameaças de golpe militar, e o PGR pediu o arquivamento do inquérito sobre as fake news. No entanto, o ministro Fachin encaminhou o pedido ao plenário do STF, cujos ministros estão unificados contra os ataques de Bolsonaro à corte suprema do Judiciário. Por outro lado, o general Heleno do GSI voltou atrás de sua manifestação anterior na qual ameaçava o decano do STF, o ministro Celso de Mello, e negou qualquer possibilidade de intervenção militar contra o Congresso e o Judiciário.
Com o rompimento do lavajatismo, Bolsonaro está mais isolado do que nunca. Vai ter que apelar para o populismo de mobilizar sua base social tanto nas redes sociais como no assistencialismo econômico perante a crise, além é claro do fisiologismo nu e cru na compra de deputados do centrão. O que fica claro é que a ameaça de golpe militar dos Bolsonaros contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso ficará apenas na bravata. É preciso mais do que “um soldado e um cabo para fechar o STF”.
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