ANGÉLICA LOVATTO: Todo apoio ao segundo breque dos aplicativos

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Hoje ocorre a segunda paralisação nacional dos entregadores por aplicativos, o Breque dos Apps. No dia 1º de julho ocorreu a primeira paralisação desse conjunto de trabalhadores que sofre a superexploração de seus “patrões” sob a forma de aplicativos que comandam o dia de 14 horas de trabalho (ou mais), com o resultado ínfimo para sua vida material e sua sobrevivência.

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Os avanços da primeira paralisação nacional levaram à mobilização deste sábado que amanhece com a força e a disposição desse conjunto de pessoas que lutam dia a dia por suas famílias e pela sobrevivência em tempos de crise aguda do capitalismo e ainda mais agravada pela pandemia.

Importante destacar a PAUTA GERAL DA PARALISAÇÃO, que continua lutando pelo básico numa categoria que não tem o mínimo de condições trabalhistas e que, por isso mesmo, necessitou paralisar suas atividades no sentido de chamar a atenção de toda a população que faz uso de seus serviços, mas também propor uma luta condizente com a superação dessas condições:

– Seguro de vida e morte por acidente;
– Fim dos bloqueios indevidos;
– Fim da pontuação e restrição de local;
– AuxÍlio pandemia (EPIs e licença);
– Valor fixo e fixado pela categoria, por dia (sem precisar rodar);
– Aumento do valor por entrega;
– Registro empregatício, férias e 13;
– Valor versus tempo rodado, e salário com base no km rodado;
– Auxílio e seguro de saúde e odontológico.

O capitalismo, em sua lógica de acumulação, utiliza à exaustão – notadamente durante períodos de desemprego em massa – o aumento do tempo de trabalho combinado com a queda na remuneração. Isso é ainda mais dramático em países como o Brasil que vivem sob a lógica do capitalismo dependente e subdesenvolvido.

O que leva os trabalhadores a dar um salto organizativo em suas lutas é a articulação da consciência da própria superexploração que sofre no trabalho com sua condição material desesperadora. Na ausência de um sindicato estruturado e de partidos que se pautem pelo combate às centrais pelegas e na construção de uma proposta estratégica e tática para a classe trabalhadora, o breque dos aplicativos tem o potencial de ser uma importante expressão da força da auto-organização articulada dos trabalhadores, que se constrói com direção e consciência de classe.

Por Angélica Lovatto

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