Depredação e ataque hacker: o incêndio do Reichstag

Depredação e ataque hacker o incêndio do Reichstag
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Depredação em Curitiba (logo onde!) e ataque hacker às contas da família Bolsonaro (logo agora!) dão mostras de que o “setor de inteligência e de contrainformação” do bolsonarismo está ativo e operante.

Depredação e ataque hacker, juntinhos, logo depois de uma investida do STF que pode atingir o coração do bolsonarismo é muita “coincidência”, né?

O “incêndio do Reichstag”, em fevereiro de 1933, foi um atentado levado a cabo por nazista contra o prédio do parlamento alemão. Foi uma manobra para culpar os comunistas. Esta foi a senha para a caçada aberta e implacável aos inimigos do nazismo e marcou o início da ditadura de Hitler.

SOBRE O “INCÊNDIO DO REICHSTAG” E OS EVENTOS DE DOMINGO

1. Quando do “Incêndio do Reichstag”, em 27 de fevereiro de 1933, Hitler não estava ainda no poder. Ele, então, era apenas o Chanceler (primeiro-ministro”) do presidente von Hindenburg, nomeado por este, compondo um ministério multipartidário.

2. Hitler e os nazistas só assumem o poder um mês depois, em 23 de março, com a decretação da famigerada “Lei de Concessão de Plenos Poderes” (Ermächtigungsgesetz). Foi a partir da decretação desta lei que se instaurou a ditadura nazista.

3. Como negar que o “Incêndio do Reichstag” desempenhou papel central na escalada que fez Hitler ir de Chanceler de um governo presidido por outrem a ditador plenipotenciário?

4. Está consolidado na historiografia que o jovem holandês responsável material pelo incêndio era mesmo filiado ao partido comunista. Mas há a versão de que ele padecia de “doença mental” e que teria sido instrumentalizado por nazistas, que facilitaram o seu acesso ao prédio do Reichstag, durante a noite.

5. Mas que diferença faz estes detalhes diante do fato de que Hitler instrumentalizou extraordinariamente o fato de o incêndio ter sido cometido “pelos comunistas”, como se tivesse sido uma ação deliberado do partido?

6. O holandês pode ter sido “sincero” em seus propósitos, mas que diferença isto faz, diante das consequências?

7. Como não achar no mínimo esquisito o fato de nas depredações de Curitiba terem sido queimadas bandeiras do Brasil?

8. Queimar bandeiras do Brasil, nesta conjuntura, não é dar “bandeira” demais de que o ato estava infiltrado? Não era isto tudo o que o bolsonarismo queria?

9. Como não desconfiar da simultaneidade dos eventos, da queima da bandeira com a invasão de hackers nas contas da família Bolsonaro?

10. Diante de tanta “bandeira”, ser ingênuo quanto a isto tangencia a conivência com os interesses do bolsonarismo, que ganharam uma “narrativa” e tanto para saírem da defensiva e para manter elevado o moral da sua turba.

Depredação e ataque hacker o incêndio do Reichstag