Com muita satisfação, vejo nascer o Núcleo Popular Revolucionário dentro do PDT. Nosso Partido, organizado nas bases do “Caudilhismo Democrático”, não admite correntes, pois sua descentralização se dá por meio dos diretórios, das zonais/coordenadorias e seus núcleos de base.
Vi algumas insatisfações de dirigentes partidários quanto à natureza do núcleo. O NPR volta a debater as relações da Doutrina Trabalhista com o Marxismo-Leninismo. Muitos, inclusive, se reconhecendo comunistas.
E isso não deve ser um problema.
Getúlio Vargas, adepto do Castilhismo – que originaria o Trabalhismo Brasileiro -, foi muito influenciado por Tobias Barreto, um dos primeiros marxistas brasileiros.
Darcy Ribeiro levou o que aprendeu no PCB para somar com o Trabalhismo. Guerreiro Ramos, embora não tenha sido marxista, fez suas teses baseadas a partir de várias premissas também compartilhadas pelos comunistas.
O PDT tem Luís Carlos Prestes como Presidente de Honra. Seu grupo filiou-se ao PDT, muitos ainda vivos e presentes no Partido. Eles têm uma contribuição fundamental na estruturação da Juventude Socialista – inclusive no nome -, e nas teses do anti-imperialismo revolucionário, acentuadas nas discussões do III Congresso Nacional do PDT.
Um núcleo que estudará uma perspectiva revolucionária deve ser bem-vindo. O PDT deve absorver e dar síntese nas melhores lutas patrióticas e socialistas. Isso não é uma defesa de que o Partido vire marxista, até porque não sou, mas é uma defesa da eterna construção das várias cores e caras do Socialismo Moreno.
Sejam bem-vindos ao PDT, comunistas.
