O autoritarismo ridículo de Bolsonaro

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Por Christian Lynch – Bolsonaro queria simbolizar a “restauração da ordem” e flertar com o golpe. Mas, cada vez mais marcado pelo estigma da incapacidade, vai se revelando o que na verdade é: um arremedo muito piorado, em todos os sentidos, do governo Temer.

O governo se desgasta muito rápido porque suas pretensões autoritárias são cada vez mais incompatíveis com as demonstrações públicas de sua incapacidade. A exibição reiterada da incapacidade é particularmente fatal para quem deseja simbolizar a autoridade em máximo grau.

Quanto mais Bolsonaro e Pazuello gritam por obediência, mais suas bundas ficam de fora. Comportam-se como palhaços de circo que, ao reclamarem das risadas do público, só aumentam o efeito cômico de suas trapalhadas. E não há corrosivo mais letal para a pretensão de liderança do que o ridículo.

Esse governo desastroso, que se torna tanto mais ridículo quanto pretende ser autoritário, terá duas utilidades ao Brasil: primeiro, vai exorcizar para sempre a “boa fama” do regime militar; segundo, está acelerando incrivelmente a velocidade do desgaste do ciclo conservador.

Pra alguma coisa, a desgraça serve.

Por Christian Edward Cyril Lynch

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