BTG Pactual: Bolsonaro lidera, mas Ciro Gomes desponta no 2º lugar

Pesquisa BTG Pactual Ciro Gomes e Bolsonaro no 2º turno
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Foi divulgada na manhã desta segunda-feira (10/09) o primeiro levantamento presidencial realizado após o episódio ocorrido com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, atingido por uma facada na última quinta-feira (05/09) durante ato de campanha. A pesquisa foi realizada pela FSB Pesquisa e contratada pelo banco BTG Pactual.

Foram entrevistadas 2.000 pessoas em todo o país, entre os dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Não foi pesquisado nenhum cenário estimulado com Lula encabeçando a chapa petista, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou a candidatura do ex-presidente.

CENÁRIO ESTIMULADO

A liderança segue com Bolsonaro, que tem 30% das intenções de votos estimulada (quando são apresentados os candidatos ao entrevistado). Em seguida, aparece Ciro Gomes (PDT), com 12%. Ciro, com esse percentual, está tecnicamente empatado na margem de erro com os 3 seguintes candidatos, que alcançaram 8%: Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT). João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) têm, cada um, 3%. Guilherme Boulos (Psol) e Cabo Daciolo (Patriota) atingiram 1% cada.

Brancos, nulos e indecisos somaram 24%.

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Intenção de votos estimulada. Fonte: FSB Pesquisa

ÚLTIMA PESQUISA

Em relação a última pesquisa FSB/BTG, Bolsonaro subiu 4%, passando de 26% para 30% das intenções de votos estimulada. O candidato lidera isolado, com grande crescimento após o ataque sofrido semana passada.

O segundo lugar permaneceu de Ciro Gomes, com os mesmos 12%. O candidato, contudo, leva vantagem pelo fato de Marina Silva ter tido uma forte queda, passando de 11% para 8% das intenções. Alckmin manteve-se com 8%, enquanto Haddad subiu de 6% para 8%. Meirelles subiu de 1% para 3% e Amoêdo caiu de 4% para 3%. Alvaro Dias, Boulos e Cabo Daciolo mantiveram os mesmo percentuais.

A porcentagem de quem não votaria em ninguém diminuiu, passando de 18% para 13%.

CENÁRIO ESPONTÂNEO

No cenário espontâneo (quando não são apresentados os candidatos aos entrevistados), no intervalo entre a pesquisa anterior e esta última, o crescimento de Bolsonaro é ainda maior: passou de 21% das intenções de voto para 26%. Ainda, 12% votariam em Lula segundo este levantamento, número que demonstra acentuada queda quando comparado aos 21% do levantamento anterior. Esta é a primeira pesquisa na qual Bolsonaro passa Lula na pesquisa espontânea.

Ciro Gomes, por sua vez, cresceu de 4% para 7%. Alckmin, Marina Silva, Amoêdo e Fernando Haddad têm, cada um, 3% das intenções espontâneas.  Álvaro Dias apresentou 2% e os demais não pontuaram.

Brancos, nulos e indecisos somaram 37%.

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Intenção de votos espontânea. Fonte: FSB Pesquisa

REJEIÇÃO

Marina Silva é a candidata com maior rejeição: 64% dos entrevistados afirmaram que não votariam nela “de jeito nenhum”. Na pesquisa anterior, a candidata apresentava 58% de rejeição. Assim, além de diminuir significativamente seu percentual de intenções de voto, Marina elevou consideravelmente sua rejeição.

Na sequência vem Alckmin, com 61% de rejeição. Bolsonaro e Ciro Gomes apresentam, cada um, 51% neste índice.

CERTEZA DO VOTO

Os eleitores de Bolsonaro são aqueles cuja certeza do voto é a maior: para 78% deles a decisão de voto é definitiva. Os seguintes são Haddad (68%), Alvaro Dias (62%), Amoêdo (59%), Ciro (58%), Alckmin (49%), Boulos (40%), Marina (37%) e, por fim, Meirelles (24%).

Destaca-se que 55% daqueles que disseram votar branco/nulo apontaram ter certeza de seu voto.

APOIO DE LULA A HADDAD

O levantamento sondou quais eleitores que votariam, com certeza, em Lula e poderiam transferir o voto a Haddad. Como respostas, os números são: 63% afirmaram não votar “de jeito nenhum”, enquanto 20% disseram votar “com certeza”. Os que “poderiam votar” e os indecisos 4% ainda.

MUDANÇA DO VOTO

Interessante também são os números dos que declaram que ainda poderão mudar de voto. Referindo-se aos candidatos mais bem posicionados, os eleitores de Marina Silva lideram neste quesito, dentre os quais 62% entendem que ainda poderão alterar seus votos. Em seguida estão os eleitores de Geraldo Alckmin (49%), Ciro Gomes (37%) e Fernando Haddad (31%). Os eleitores de Jair Bolsonaro que compreendem que ainda poderão mudar de voto são 22%.