RICARDO CAPPELLI: Soros agora é “ícone” da luta por “sociedades abertas”?

George Soros no Fórum Econômico Mundial em Davos (Lisi Niesner/Reuters)
George Soros no Fórum Econômico Mundial em Davos (Lisi Niesner/Reuters)
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O megaespeculador George Soros é um dos principais quadros da política internacional. Montado em bilhões de dólares conquistados nos cassinos dos mercados financeiros globais, financia uma série de iniciativas políticas pelo mundo.

Em Davos, vestiu sua nova roupa de super-herói: mister Soros agora é o grande defensor de “sociedades abertas” contra o perigo do “nacionalismo populista”.

Em sua cruzada, o especulador atira na China e em Trump. Na esquerda e na direita nacionalista, segundo ele, inimigos da liberdade.

Pra quem Soros defende liberdade? Sociedades abertas pra quem? O que causou a atual onda de extrema-direita que ronda o planeta?

Qualquer recém nascido com mais de cinco quilos do extremo sul da Patagônia sabe que Soros quer liberdade para a livre circulação, vadia, oca e predatória, da especulação financeira internacional.

Esconde de forma cínica que a atual onda nacionalista é uma resposta à jogatina criminosa que enriqueceu especuladores e quebrou o mundo em 2008, levando ao desespero vidas reais em todo o globo.

Em sua “cruzada pela democracia”, afirma que vai doar 1 bilhão de dólares para instituições educacionais, um mecanismo de doutrinação liberal adotado pelo especulador que não chega a ser novidade.

Soros financia há tempos ong’s identitárias por todo o planeta. Não há melhor forma de tentar destruir a identidade nacional do que colocar membros da mesma nação em lutas e divisões internas. As “sub-identidades” contra a identidade de todos.

É preciso reconhecer, belo estrategista, o jogador não brinca em serviço.

Por Ricardo Cappelli

  1. Artigo quase irretocável, mas preciso chamar a atenção para o fato de que não é apenas a política identitária que serve ao 1% na sua tentativa de criar confusão fratricida e eliminar barreiras ao avanço do financismo globalista. Qualquer divisão “nós contra eles” tem o mesmo efeito detrimental ao interesse nacional, e a esquerda brasileira tem enorme culpa por ter aderido, no passado, a esse expediente proposto pelo criminoso condenado que então governava o país. Percebo que este portal tem bastante gente ligada à academia, e foi a academia que cometeu o atentado de impôr as infames cotas raciais, com o intuito de solapar a meritocracia que cometia o mortal pecado de manter os melhores cargos fora de alcance, e que serviu apenas como prefácio da destruição de qualquer possível concertação nacional que tivesse o mínimo de força para resistir ao globalismo. Se o objetivo era fidelizar o voto dos negros beneficiados, hoje o funcionário público negro que entrou por cotas vota no Bolsonaro. E amanhã, junto com os nordestinos do Bolsa-Família, votará no Luciano Huck. Foi um erro talvez terminal os servidores civis, principalmente os acadêmicos, quererem bater de frente com os servidores militares.

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