Jimmy Carter e o imperialismo progressista

O imperialismo pode ter rosto "humano", estilo Carter e Obama, ou agressivo, como Bush e Trump. Não é isso que muda o centro da questão.
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Carter, na sua política de “defesa” dos direitos humanos, não foi um cara que mudou a linha da política externa dos EUA. Carter, junto com a burocracia dominante a serviço da burguesia, entendeu que as ditaduras militares tinham cumprindo seu papel histórico: exterminar as vanguardas revolucionárias, desarticular a classe trabalhadora e acabar com o radicalismo terceiro-mundista.

Aliado a isso, existia um perigo gigante na América do Sul: Velasco Alvarado. Militar progressista com perspectivas reformistas. Aliás, os governos militares, embora contrarrevolucionários, defendiam, no geral, um desenvolvimentismo nacionalista de direita. E o nacionalismo, mesmo de direita, não poderia mais ser tolerado.

Carter foi, na verdade, um articulador das transições conservadoras a democracia burguesa.

O imperialismo pode ter rosto “humano”, estilo Carter e Obama, ou agressivo, como Bush e Trump. Não é isso que muda o centro da questão.