As forças reais do poder brasileiro e suas conexões internacionais – poderosíssimas, não preciso repetir – estão chegando à óbvia conclusão de que Bolsonaro não entregará sua perversa agenda. E, pior para eles (se convenceram), está desmoralizando a agenda e os próprios valores que os fizeram vitoriosos no enfrentamento da debacle econômica e moral do período PT.
Por isto já ensaiam a construção de outras possibilidades de “mitos”. Sérgio Moro é a tentativa da vez. Se nós repararmos bem, cada brasileiro hoje, em pleno desastre de saúde pública e sócio econômico dramático, está sendo quase obrigado a ter que escolher entre as aberrações de Bolsonaro, e seu governo trágico, ou a “verdade de Sérgio Moro”.
O modelo de enfrentamento da pandemia é o debate? Claro que não! Onde estava o ministro da justiça diante das aberrações criminosas de Bolsonaro que nos trouxeram a este morticínio?
O debate é o modelo de apoio à massa de trabalhadores desempregados ou empurrados para a informalidade? Problema esse que foi agravado pelas “reformas” trabalhista e previdenciária que, agora, os empurra, humilhados em filas imorais, nas agencias da Caixa Econômica.
Muito longe disto.
O debate foi a crítica à liberação de R$ 1,2 TRILHÕES de REAIS aos bancos, menos de 48 horas depois de decretada a emergência? O pretexto era de melhorar o crédito, mas os bancos DIMINUÍRAM violentamente a oferta de crédito e AUMENTARAM a taxa de juros em até 70% em plena pandemia.
Nada disto.
De que lado estava o “justiceiro” Moro nestes temas? Que opinião Moro tem ou tinha acerca do apoio nunca materializado às empresas diante da mais grave crise econômica da história brasileira em andamento?
Nesta briga, a sociedade brasileira não deve se deixar enganar: é tudo farinha do mesmo saco podre!
Assim, TURMA BOA, minha vida nunca foi nem será fácil. Vou continuar lutando guiado pela minha consciência e pelo meu único compromisso: o povo brasileiro e o BRASIL.
Por Ciro Gomes