Segundo o presidente eleito, já cercado pelas contradições em sua própria base, “se eu afundar, o Brasil afunda junto”. Continuando, afirmou ainda que muito mais grave que a corrupção é o problema ideológico.
De um ponto de vista oposto, concordo com ele. O problema ideológico é grave com o aprofundamento (via ignorância generalizada) de nossa secular “fragilidade ideológica” representada nele mesmo, um puddle à serviço dos interesses de uma potência estrangeira nomeando funcionários deste país ao seu governo (Sérgio Moro).
Sobre a primeira frase. Também concordo. De também em sua oposta forma. A eleição dele é o início do fundo do poço da nação. A descolonização e a barbárie social se aprofundarão com ele, um boneco guiado pelos EUA e a grande finança. Um entreguista completo. Um governo infame.
O Brasil afundará sim. E seu resgate depende de a esquerda compreender o que está acontecendo e os riscos anexos. A centralidade da Questão Nacional nunca foi tão escancarada, mesmo no lusco fusco do diversionismo das pautas liberais e fragmentários que atazanam a esquerda desde a década de 1990.
De nós, o Brasil espera grandeza, não luta pela hegemonia num barco afundado. Busquemos unidade da esquerda ao centro do espectro político, invocando o perigo de destruição do sonho brasileiro, da Pátria Grande Brasileira pelas mãos dessa gente. O contrário, se tendência que percebo predominar, dobrar a aposta nas pautas identitárias, seremos facilmente isolados e aniquilados. E o Brasil afundará junto.
É hora de olhar além do próprio umbigo e do horizonte.
Por Elias Jabbour