Fórum Social Mundial: a urgência do debate sobre projeto nacional

Assembleia pela Democracia no Fórum Social Mundial - 2018 - BA
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Organizações do Brasil e do mundo inteiro participaram na noite desta quinta-feira (15) da Assembleia Mundial em Defesa das Democracias, que faz parte da programação do Fórum Social Mundial que está acontecendo nesta semana em Salvador – BA.

Apesar da prevalência do tema “pelo direito de Lula disputar as eleições”, que se deu também em razão do destaque à presença do ex presidente no evento, a proposta da Assembleia era dar enfoque à luta pela reconstrução da democracia no mundo, mas acabou elevando os holofotes ao Brasil.

Tratou-se de uma tentativa de direcionar a crítica ao desmonte democrático implementado no país através da judicialização da política, da cultura da antipolítica partidária,  da criminalização do campo progressista e dos retrocessos característicos de um Estado de exceção, como a intervenção federal no Rio de Janeiro, que atua como uma verdadeira política de luta de classes.

No entanto, para além do discurso da necessidade de luta e resistência em prol da recuperação das tradições democráticas, pouco se falou da urgência por um projeto nacional e da defesa da soberania nacional. As falas ali ouvidas resumiram-se a questões identitárias e desprovidas de autocrítica.

Beirou-se o populismo isento de propostas à implantação de uma efetiva reconstrução democrática por meio da (re)formação de um projeto de nação. Limitou-se aos avanços do Brasil nos último anos, já freados pela hegemonia econômica e cultural imperialista dos países centrais.

Rui Costa (PT), governador do estado da Bahia, a título exemplificativo, falou sobre a luta pela democracia como uma luta contra “a herança escravocrata no brasil e no mundo. Chegamos ao ápice da intervenção federal no Rio de Janeiro até a intervenção judicial dentro da política e da universidade. Tal não atinge só os políticos, como reitores e professores, e amanhã pode acontecer com os jornalistas. Nós temos que resistir e construir um país”. Mas qual país é esse? Qual é o projeto?

Em verdade, o destaque em minha percepção foi a apresentação do Ilê Aiyê, que representou a cultural nacional e, do que conhecemos, nadou à contramaré da massificação cultural, interligando a cultura popular brasileira ao pensamento progressista nacional.

Movimentou-se a massa, mas pouco se contribuiu à criação de uma verdadeira saída à crise econômica e sistêmica do Brasil e das demais periferias do mundo. E mais uma vez, o projeto nacional foi soterrado pela massificação cultural que atinge até mesmo o pensamento progressista, este sim o real alvejado dos tiros de Marielle e de sua história em defesa dos direitos do povo brasileiro oprimido.

E assim, permanece à mira o campo progressista, que somente poderá combater o neoliberalismo que o extermina por meio da construção de uma nova nação, forte e soberana, sob uma liderança que ouse enfrentar nossa condição de subdesenvolvimento, e que efetive a formação de um Brasil livre da massificação cultural e imperialista que permanece nos acorrentando.

Confia a cobertura fotográfica do evento:

A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.
lula no fórum social mundial 2018A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.A Assembleia das Democracias, sediada ontem (15) no estádio do Pituaçu, zona norte de Salvador, parte da programação do Fórum Social Mundial, começou de verdade quanto, aos gritos de “olê olê olê olá, Lula, Lula”, o furioso público irrompeu através das cercas de metal que os distanciavam do palco, invadindo a área vip onde a grande maiorias das cadeiras de plástico, cuidadosamente dispostas em fila, quedavam quase que completamente desocupadas.