A ilusão do pacto democrático

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Uma parte da esquerda, respeitosos jornalistas e analistas políticos se especializaram em acreditar em fantasias. Passaram as últimas semanas dizendo que o PSDB e outros conservadores se aliariam a esquerda contra o fascismo.

São os mesmos que, movidos pelo republicanismo asséptico, levaram Joaquim Barbosa, Barroso e outros próceres para a suprema corte brasileira. Acreditam na imparcialidade do aparato estatal e na democracia como valor de união entre classes.

Desconhecem que na guerra, se for impossível vencer, o objetivo passa a ser derrotar o inimigo estratégico, mesmo que para isso tenha que se aliar ao lado obscuro da força materializado num conjunto de tresloucados patéticos.

Na guerra o que importa é vencer. Quem escreve a história são os vencedores. Aos derrotados cabe apenas o chororô.

Doria e Skaf lutam em SP para ver quem é mais Bolsonaro. Circula que Eunício Oliveira já aderiu e que o PSDB mineiro está a todo vapor na campanha do mito. No sul, o PP abandonou a vice do chuchu para aderir ao Capitão

Todo o chamado “mercado”, grandes corporações, agronegócio e mídia já pularam ou estão pulando no barco de Paulo Guedes. É questão de tempo.

Apenas FHC continua ainda no Teatro do “Pacto Democrático“. E deve ser calculado. Fiquem atentos. Um abraço do príncipe depois de uma declaração defendendo a legalização das drogas pode ser o beijo da morte.

Ilusão de classe derruba presidente e é mortal na análise da conjuntura no campo de batalha.

Se houver segundo turno na eleição presidencial, a esquerda terá que lutar para sair do isolamento a partir de uma agenda em torno de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

Não bastará ficar repetindo a retomada de programas sociais. A questão nacional precisará ganhar centralidade.

Insistir em platitudes filosóficas e na agenda moral-identitária é o caminho mais curto para a derrota.