João Amoêdo no Roda Viva: O velho Novo

João Amôedo no Roda Viva
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O banqueiro João Amoêdo é o candidato do Partido Novo para a presidência da república e foi o convidado do Roda Viva desta semana. DISPARADA, neste espaço, cobrirá todas as entrevistas da série com os pré-candidatos.

A bancada, diferentemente da edição com Boulos, foi competente. O destaque ficou por conta da repórter Raquel Landim da Folha de São Paulo e do mediador Ricardo Lessa, que souberam explorar as fraquezas do candidato, expondo as fragilidades de seu discurso.

Amoêdo é o velho. É tudo aquilo que já sabemos. O self-made man, o Afif Domingos, o homem do baú. Faz parte  daquelas figuras que vira e mexe aparecem com a velha plataforma liberal na economia e conservadora nos costumes. Pais de família bronzeados, bem sucedidos e com antigas ideias novas.

Na primeira pergunta, o banqueiro respondeu que sua primeira medida seria diminuir ministérios, numa lógica insistentemente defendida durante todo programa, “dar exemplo”. Cortaria gastos da presidência – como se isso afetasse em algo a difícil vida do trabalhador brasileiro – e até moraria fora do palácio. Quase um disparate num Brasil de problemas reais que não precisa economizar meia dúzia de trocados com uma liturgia mínima.

Quando questionado se sua reforma tributária seria calcada na renda (protegendo os mais pobres) ou no consumo (protegendo os mais ricos), Amoêdo fugiu, não querendo comprometer-se com a classe que supostamente o apoiaria, caso sua candidatura fosse minimamente relevante.

Em seguida, questionado pela colunista Rosane Borges sobre racismo, o candidato do NOVO respondeu que protegeria o indivíduo e assim, estaria protegendo a todos e todas as minorias. Interpelado por toda a Roda sobre as contradições no que havia dito, repetiu inúmeras vezes o discurso, negando inclusive a existência do racismo. Quando a pergunta foi sobre a igualdade salarial de gênero, Amoedo chegou a afirmar o absurdo de que “ Teríamos que ver se o problema é o gênero mesmo, ou a formação.” Logo após, sugeriu um boicote caso fosse provada a “discriminação”. Triste.

Quando finalmente interpelado pelo professor João Gabriel de Lima sobre as políticas macroeconômicas e os juros abusivos praticados no Brasil, o candidato disse que atacaria a causa dos spreed Bancários, segundo ele, a inadimplência. Sugeriu a “rápida tomada de bens’ dados como garantia por eventuais empréstimos”. Uma sensibilidade social de emocionar Pinochet, de quem inclusive o banqueiro elogiou o sistema de ensino.

O restante do programa foi focado na contradição essencial do candidato se dizer novo e defender a autonomia do indivíduo enquanto é contra uma política moderna de drogas e aborto. Amoêdo ficou acanhado e por vezes repetiu suas bravatas que iam da antipolítica ao absurdo puro e simples.

O banqueiro João Amoêdo visivelmente não está preparado para debater nenhuma questão relevante no cenário nacional. Repete chavões, é raso como uma xícara de porcelana velha, daquelas que tiramos da prateleira vez em nunca, toda empoeirada. Por sorte, bem frágil.

  1. O comentarista não sabe o que fala. Só a vereadora Janaína Lima do Novo em SP já economizou mais de 2 milhões de reais em 2 anos… no total temos mais de 50 mil vereadores no Brasil, mesmo levando em conta que em SP um vereador tem mais privilégios, faça a conta do quanto que poderia ser economizado se todo vereador agisse da mesma forma… típico comentário de gosta defender privilégios para minorias, fingindo que isso no final são apenas “uns trocados”… Más no Brasil a prática de criar um ministério para cada problema específico é o ideal para o velho comentarista.

    Sobre as minorias, o que pré candidato disse é que é necessário atuar nas raiz dos problemas,consertar na largada, aos invés de ficar sempre fazendo remendos. Não sei onde isso é velho, uma vez que no Brasil até hoje só se viu remendos mal feitos…Com certeza o escritor da crítica acima não se deu ao trabalho de pesquisar sobre a ideia do sistema de vouchers para educação básica do candidato… é o velho jornalismo preguiçoso, que gosta de criticar sem ao menos pesquisar meia hora sobre…

    O partido NOVO não utiliza dinheiro público, exige ficha limpa , é a favor do voto facultativo, contra qualquer aumento de impostos, exige que o candidato a qualquer cargo abra mão de privilégios e regalias, os dirigentes não podem ter cargo eletivo, não exige contribuição do salário dos eleitos, é contra o carreirismo político(permite apenas uma reeleição)… se tudo isso é velho, que o comentárista inovador Renato Zaccaro liste aqui quais são os partidos que já praticam isso há muito tempo no Brasil…

    Senão puder fazer isso, desculpe, seu comentário é muito mais frágil de uma xícara de porcelana velha… muito mais…

    1. Amigo, parece atpe que te conheço:
      vc deve ir para o Novo fazer aquelas dancinhas ridículas inspiradas nas dancinhas do Impeachement!
      Deve morar na Barra, talvez seja empresário, mas ganha bem (se comparado a população brasileira)

      Enfim, fico em dúvida se ele e as pessoas que acreditam nele, se são inocentes, tolas, ignorantes ou hipócritas mesmo.

      Não dá para ser Presidente do Brasil desconsiderando os problemas do Brasil todo e achando que sua vida é a vida de todos. O centro do Brasil é o brasileiro, todos os brasileiros.

      Se liga, Veio! 😉

  2. A anunciada incoerência que alguns comentaristas apressados querem ver na entrevista de Amoedo (Rida Viva) deve-se à aplicação do raciocínio lógico ao posicionamento político, de outra natureza, ainda que exposto de modo claro e transparente,

  3. A questão do aborto ao qual Amoedo é pessoalmente contra, tem debate em aberto para os integrantes do NOVO, como ele mesmo disse na entrevista aos jornalistas do Roda Viva. Não há incoerência em posicionar-se, com clareza e transparência, contrário ao estatuto do desarmamento enfatizando o valor das liberdades individuais, princípio do NOVO. Se atentarmos a isto e para o requisito da responsabilidade, a questão do aborto merece mais atenção. Afinal, não é obra individual. E seu processo, desde a origem, pode envolver aspectos negativos, de repercussão moral, cultural e social. Se o problema existe, vamos tratar de suas causas. Parabéns Amoedo!

  4. É sério?? por favor dá uma volta por todas as redes sociais, youtube, instagran e facebook, e veja qual a opinião de quem assistiu ao programa. Sinceramente esta matéria é tendenciosa e até ofensiva ao intelecto do leitor.

  5. O que vi foi algo oposto ao descrito acima. Respondeu a todas as perguntas claramente, defendeu com coerência sua posição, mesmo quando trucado pelas tais repórter atrapalhadas que muitas das vezes se confundiu no seu próprio papel. Ao invés de entrevistar o candidato, faziam discursos confusos. Tentaram rotular o mesmo assim como esse artigo. Joao Amoedo é visivelmente o candidato que representa a mudança para uns pais que desejo.

  6. Falou o cara de defendeu o Boulos….. “Boulos é um grande candidato. É visivelmente preparado. Seu movimento é estruturado e sua formação é completa. É o melhor candidato petista desde Lula.”. Depois dessa pérola, é uma obviedade que este rapaz iria menosprezar a entrevista do Amoedo.

  7. É tudo uma questão de tempo… Discurso fácil de salvador da pátria tem os dias contados, falar nada com nada, na base do abstrato: faremos, necessário, adequado e por ai vai e deixar a base do problema, não cola mais. Isso foi o que sentira falta no discurso do candidato, mais 2 eleições e o senhor em questão será novo presidente do Brasil.

  8. Se não fala o que o colunista quer ouvir….não presta. Bom mesmo é o Boulos…pois sim. Amoedo é inteligente, culto, sensato, educado, preparado e suas idéias são corretas. Para se progredir na vida é preciso subir degrau por degrau. Sempre foi assim com todo mundo. Mas querem queimar etapas e já chegar ao topo sem o devido preparo. Foi exatamente o que Lula fez: Colocou incompetentes em altos cargos, que exigiam conhecimento e experiência. Resultado: o Brasil afundou, Petrobrás quase faliu, empresas públicas viraram um cabidão de empregos, o dinheiro escorreu como água no ralo por tanta corrupção. É preciso investir pesado na educação de qualidade e dar oportunidades de aprendizado para todos. Depois cada um segue seu caminho.

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