Nos últimos dias, dado a política de extermínio ampliada com o comando de Wilson Witzel, o nome de Brizola voltou a ser citado na temática da segurança pública. Os apoiadores de matar preto todo dia nas favelas citam Brizola como exemplo de leniência com a “bandidagem”.
Para quem não viveu ou estudou esse período, eu resumo em poucas palavras a radical, jacobina, bolchevique, política de Brizola: fazer cumprir a lei e criar um Estado de direito para todos, incluso os pobres das favelas.
Sim, essa era a essência da política brizolista para segurança pública. Por exemplo, a Constituição diz que a polícia não pode invadir uma residência privada para fins de investigação sem mandado.
O governo Brizola teve a ideia, veja só, de fazer cumprir a lei e acabar com o pé na porta de madrugada nas favelas.
Brizola também teve a ideia de fazer do policial um servidor público, defensor da Constituição, que seja visto como aliado da comunidade, alguém para ajudar como um professor, e não um inimigo potencial.
Em resumo, Brizola tinha a terrível ideia de fazer da República uma república de verdade e não apenas uma autocracia burguesa com fachada constitucional.
É a abominável ideia de cumprir a lei!