JONES MANOEL: Nicolás Maduro!

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Hugo Chávez era um gênio da política. Um intelectual orgânico de sua classe. Profundo conhecer de Rousseau, Carl Schmitt, István Mészáros e outros. No Brasil, contudo, a maioria da esquerda acreditou na propaganda dos monopólios de mídia: Chávez seria um bárbaro líder populista como os do século XX e com um atrasado discurso nacionalista. Chávez, até agora, é o maior líder político das Américas no século XXI. Um dia faremos justiça ao seu legado.

Depois da morte de Chávez, como que por milagre, ele passou a ser exaltado em contraste com o supostamente medíocre Nicolás Maduro.

Aconteceu o que gosto de chamar de “Síndrome de Trotski”. Leon escreveu uma biografia sobre Stálin. Na biografia ele afirma que Stálin é burro, imbecil, ignorante, inculto, provinciano, incapaz, sem liderança, sem carisma, sem capacidade de trabalho e afins. Lendo a biografia de Stálin escrita por Leon, você se pergunta: se Stálin era tão imbecil, como, amigo Trotski, você conseguiu perder a disputa política para ele?

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Acontece o mesmo com Maduro. Se ele conseguiu subir ao posto de substituto de Chávez, consolidar-se no poder e impedir que outras figuras, como Diosdado Cabello, fossem ao poder, alguma habilidade deve ter. Mas não. Maduro continuou a ser tratado como imbecil.

Crise econômica, ataque de paramilitares, cerco do imperialismo, mudança da correlação de forças na América Latina, mais cerco, mais sanções, tentativa de golpe militar, tentativa de assassinato…

A lista é longa.

Veio Juan Guaidó. Ao que parece, Guaidó foi totalmente derrotado.

Os profetas do caos, repetidas vezes, afirmaram que Maduro não tinha capacidade de liderança e sua queda seria eminente.

Eu, erradamente, critiquei Maduro por usar pouco a repressão contra golpistas como Guaidó.

Eu e mais um monte de pessoas erramos. Lula, chamado por alguns de maior líder político vivo da América, foi derrubado bem fácil em 2016.

Maduro, e o bolivarianismo, segue de pé.

Será mesmo que Maduro é um líder tão ruim assim?

É momento de repensar.