Lula está apavorado com o isolamento do PT

Lula está apavorado com o isolamento do PT Foto: REUTERS/Leonardo Benassatto
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O ex-presidente Lula está claramente preocupado com o crescente isolamento do PT no espectro político brasileiro após a queda de Dilma e a derrota eleitoral para Bolsonaro. Ele marcou posição para sua militância hoje em suas redes sociais ao apontar quem é suscetível às pressões petistas e quem é inimigo.

Marina Silva “escolheu outro caminho”, ou seja, não está à disposição do PT. Já Ciro Gomes “quer voto de quem odeia o PT”, portanto, além de não estar à disposição, está ampliando sua influência para fora da esquerda, logo, é cabra marcado para morrer.

Lula está apavorado com o isolamento do PT ciro gomes marina silva

Por outro lado, Lula aponta quem deve receber apoio de sua militância. Fernando Haddad, o poste de Lula em 2018, e Flávio Dino, o hábil governador comunista do Maranhão.

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Diversos fatos conjunturais, além de uma tendência estrutural de defensiva de longo prazo para o partido, contribuem para Lula dar essas orientações à sua militância definindo quem é amigo e inimigo.

O PT que chegou ao poder o fez através da ampliação dos apoios do partido ao centro. Com um vice empresário, o mineiro José Alencar, e a composição com diversos partidos no governo, notadamente o PMDB de Michel Temer, Lula e o PT se acostumaram a ganhar eleições majoritárias com chapas amplas. Foi com apoios de Ciro Nogueira do PP no Piauí, de Sérgio Cabral e Eduardo Cunha no Rio de Janeiro, de José Sarney no Maranhão (contra Flávio Dino diga-se de passagem), e etc., que Lula elegeu como sucessora uma tecnocrata sem carisma que odiava receber parlamentares em seu gabinete. Dilma é o puro suco do moralismo da antipolítica que acha que todos são corruptos, menos ela.

Ao fim e ao cabo, Lula foi preso e cassado, e Dilma foi derrubada pelo Congresso com ajuda do lavajatismo alimentado pelo próprio PT com suas indicações “republicanas” para o STF, permissão de “eleições corporativas” para PGR no Ministério Público Federal, e altas doses de anabolizantes para a Polícia Federal “autônoma” com suas operações espetaculares contra políticos em conluio com a mídia. Lula diz que tem orgulho disso tudo. Segundo ele, a culpa é do Sérgio Moro malvadão e das corporações judiciais ingratas ao PT por ter retirado controles democráticos sobre os burocratas concursados, verdadeiros arautos da moralidade pública com seus supersalários.

Mas não me confundam. Sérgio Moro é um quadro forjado pelo imperialismo para liderar o projeto antinacional e antidemocrático de ascensão do corporativismo judicial ao poder, mas é preciso responsabilizar o PT por abrir essa Caixa de Pandora, e não apenas como governo, mas como oposição moralista nos anos 1990, a UDN de Macacão. A combinação do moralismo como oposição com a promiscuidade irresponsável como governantes foi um desastre para o PT, que montou alianças fisiológicas sem qualquer projeto nacional para negociar, praticando um verdadeiro “pseudo-pragmatismo“.

A crise econômica, social e política dos governos Dilma se condensou no impeachment e na eleição do ultrarreacionário Bolsonaro em 2018. A ideologia política dominante do Brasil passou a ser a antipolítica que se expressa em duas dimensões principais: o moralismo do combate à corrupção liderado pelo Partido da Lava-Jato e seu chefe Sérgio Moro, e o reacionarismo pseudo-nacionalista de Bolsonaro, conservador nos costumes, ultraliberal na economia e autoritário na política. Bolsonarismo e lavajatismo são facções distintas que disputam a hegemonia da direita, mas as duas se alimentam do antipetismo. Lula condenado por Moro como símbolo da corrupção e o PT como maior partido da esquerda vermelha, identitária e antinacional, de acordo com Bolsonaro.

Esse momento histórico impõe ao PT uma defensiva brutal na disputa pelo poder. A popularidade de Lula nos rincões do nordeste é amplamente superada pela rejeição do restante da população, seja pelo moralismo anticorrupção, pelo conservadorismo moral contra a esquerda em geral, ou pela justa decepção com o desastre econômico-social do governo Dilma. Nem o agravamento da crise econômica nos governos Temer e Bolsonaro reposicionaram o PT como alternativa de esperança para a população com o retorno de um idílico crescimento econômico do governo Lula. O carinho entre os mais pobres por Lula não se transfere completamente ao PT, pelo contrário, Bolsonaro é que herdou boa parte do apoio dos mais pobres através da capilaridade das igrejas evangélicas e dos grupos de whatsapp.

Esse contexto gera uma profunda rejeição à qualquer aproximação de Lula entre os atores políticos de centro. Em 2018, Lula conseguiu isolar Ciro Gomes exigindo a neutralidade do PSB em troca do apoio em Pernambuco, o apoio do PCdoB desesperado por votos no nordeste contra a cláusula de barreira, e contou com a colaboração dos ex-aliados Temer e Valdemar da Costa Neto para impedir um apoio do centrão ao candidato trabalhista. O centro político apoiou Geraldo Alckmin que foi engolido pela polarização, e o poste de Lula, Fernando Haddad, foi massacrado no segundo turno por Bolsonaro. Ciro, isolado, sem  estrutura ou apoio de nenhum partido além do pequenino Avante, ficou em terceiro muito à frente de candidatos com importante recall como Marina Silva, ou muito dinheiro como João Amoedo, além do próprio Alckmin, detentor de verdadeiro latifúndio de tempo de TV, fundos partidários e apoios regionais. Em 2020 a situação é muito diferente, quem está isolado é Lula e o PT, e em 2022 a tendência é esse isolamento aumentar, enquanto Ciro consolida uma nova militância e amplia diálogos tanto ao centro, fustigado pela extrema-direita, como na própria esquerda, cansada do hegemonismo do PT.

Diante do desastre eleitoral de 2018 para a esquerda e o risco para a democracia e para saúde da população em meio à pandemia do coronavírus, é consenso no mundo político que a polarização entre a antipolítica, o bolsonarismo e o lavajatismo, e a “esquerda” representada por Lula e o PT, vai levar a mais uma vitória da extrema-direita no Brasil, seja com Sérgio Moro, seja com Bolsonaro, ou eventualmente seu vice, o general Mourão em um “bolsonarismo sem Bolsonaro”, caso ele caia antes.

Desse modo, na conjuntura atual, os partidos mais pragmáticos da esquerda, como PSB e PCdoB, fazem coro ao discurso de Frente Ampla. O PSB se aproxima cada vez mais do PDT de Ciro Gomes e não pretende se submeter ao hegemonismo do PT novamente, tendo em vista a diminuição do poder de chantagem de Lula e do PT. Socialistas e trabalhistas lideram uma frente com PV e Rede que tem organizado atos em defesa da democracia e negociado acordos de apoio mútuo nas eleições municipais visando uma candidatura unificada e ampla na eleição presidencial em 2022.

Já Flávio Dino, que mesmo tendo sido combatido por Lula que apoiou os Sarney contra ele, depende mais do lulismo entre seu eleitorado, mas defende veementemente que é preciso uma Frente Ampla com o centro político, e não apenas entre a esquerda, e mantém diálogos fraternos com os adversários declarados de Lula, Ciro Gomes e Marina Silva. Por outro lado, quem se aproxima do PT é o PSOL, partido sectário e dissidente do próprio petismo justamente por rejeitar as alianças e políticas conservadoras do governo Lula. Além disso, pequenos partidos mais sectários ainda, que sequer possuem cargos eletivos, como PSTU e PCO, agora aparecem como signatários de pedido de impeachment liderado pelo PT. Enquanto isso, a frente PSB-PDT-Rede-PV receberam apoio até do Cidadania, ex-PPS, em ato recente pela democracia contra Bolsonaro.

Contra o isolamento, Lula chegou a acenar até mesmo para o hostil desafeto João Doria, governador de São Paulo, e ao próprio Ciro, tentando mostrar amplitude, porém, sem sucesso. Já o PDT e Ciro, além da aliança nacional com PSB sacramentada em torno da candidatura de Márcio França em São Paulo, também faz alianças com o DEM de Rodrigo Maia e ACM Neto, apoia o popular prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil do PSD, e mostra amplitude até mesmo perante o eleitorado arrependido de Bolsonaro. Chama atenção a improvável aliança entre PDT e DEM, que estão dialogando e preparando candidaturas de centro nas eleições municipais contra a polarização da extrema-direita e o lulismo, e Maia tem se mostrado bastante aberto a um diálogo com o PDT visando uma aliança nacional em 2022 em torno de uma candidatura de centro liderada por Ciro Gomes diante da longa e profunda crise na qual se encontra o Brasil.

Lula sofre até mesmo dentro do PT para impor sua hegemonia. Ele queria lançar a candidatura de Fernando Haddad em São Paulo para ajudar o partido a manter uma grande bancada de vereadores e utilizar o palanque da maior cidade do país para defender o PT perante a população. Mas o ex-prefeito, que teve sua tentativa de reeleição em 2016 derrotada no primeiro turno pelo tucano João Doria, e derrotado por Jair Bolsonaro em 2018 usando uma máscara de Lula, bateu o pé e não aceitou o papel de poste municipal dessa vez. O plano B de Lula, Alexandre Padilha, foi derrotado internamente por Jilmar Tatto, candidato ligado às bases periféricas do partido na capital paulista. A candidatura de Tatto deixa o partido rachado na maior cidade do país, e impossibilita a utilização do palanque paulistano para a defesa de Lula e do legado petista, além da expectativa de um desempenho muito ruim perante a classe média.

Apesar de uma parte grande da militância organizada do PT, tanto em movimentos sociais como na classe média ligada às universidades, desejar uma radicalização de Lula, não é isso que se viu desde que ele saiu da cadeia. Na iminência de ser preso, o ex-metalúrgico e ex-presidente protagonizou grande ato no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, manteve suas bases muito mobilizadas durante seu 1 ano e meio no cárcere, e conseguiu impor seu candidato-poste na eleição para ser derrotado contra Bolsonaro. Paradoxalmente, após ser libertado pela decisão do STF sobre prisões em segunda instância, Lula mobiliza cada vez menos. Sua prioridade é manter-se fora da cadeia, pois já tomou uma condenação no STJ no caso do tríplex e uma nova condenação de segunda instância no TRF-4 no caso do sítio de Atibaia. No primeiro caso, há esperança de Moro ser considerado suspeito como juiz pelo STF e da anulação da sentença, mas no caso do sítio Lula foi julgado por outra juíza contra a qual não há discussão sobre suspeição. Desse modo, após o trânsito em julgado, Lula muito provavelmente ainda terá penas a cumprir em regime fechado ou em prisão domiciliar, de qualquer forma seus direitos políticos permanecem cassados.

Diante desse cenário terrivelmente desfavorável, Lula sequer deve estar sendo atendido no telefone por velhos aliados. Ciro Gomes, Marina Silva, e mesmo Flávio Dino que Lula busca seduzir com o canto da sereia de o PT apoiar um candidato de fora do partido, são quadros nacionais que o ex-presidente teme que ocupem seu espaço ao centro, e não perante a esquerda. A sinalização de repetir o dedaço dentro do PT em favor de Fernando Haddad como candidato-poste a presidente em 2022 também tem significado de longo alcance. Lula não controla os governadores petistas. O cearense Camilo Santana é ligado a Ciro Gomes apesar de formalmente petista. Os baianos Rui Costa e seu antecessor Jaques Wagner também tem força e ideias próprias e chegaram a dizer que o PT deveria ter apoiado Ciro em 2018. Wellington Dias no Piauí também é pragmático e governa com apoio de Ciro Nogueira do PP e apoiará quem ajudá-lo a manter influência em seu estado em 2022. Haddad não tem mandato, sequer comanda o partido em sua cidade, e não oferece riscos à estratégia de Lula de submeter as máquinas eleitorais do PT aos seus interesses. Este é o contexto das manifestações recentes de Lula. O pavor diante do isolamento nacional, da perda do controle no partido internamente, e até mesmo da prisão, lamentavelmente…

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Atualização: Lula disse em reunião da direção do PT nesta segunda-feira (01/06): “Eu vejo uma tentativa muito grande de isolar o PT, de fazer com que o PT desapareça do cenário político”.

  1. Resumiu prolongadamente bem, a atual e triste situação política do Brasil; Nesse jogo todo, o Ciro Gomes está ganhando importantes pontos, ainda que lentamente, mais são sólidos e ao meu ver muito substancial.

  2. CIRO VOLTOU PRA PARIS? PORQUE O PDT NAO ASSINOU PEDIDO COLETIVO DE IMPEACHMENT DE BOZO? 7 PARTIDOS E MAIS DE 400 ASSOCIAÇOES CIVIS ASSINARAM. É MUITO ESCROTO, FALA FALA, FEITO BOZO, MAS NA HORA DA DECISAO PELO BRASIL, TOMA CHÀ DE SUMIÇO. QUE MERDA.

    1. Ciro protocolou um pedido de impeachment de Bolsonaro em 22 de abril, quase um mês antes do PT. Mais enérgico político contra esse fascismo que vivemos

  3. Interessante perceber que o articulista condena os acordos políticos do lula com os partidos de direita e centro direita, ao mesmo tempo que, elogia Ciro por estar buscando estes mesmos acordos. Além disso, toda a argumentação busca culpar o PT pela eleição do Bolsonaro, o antipetismo como causa principal, bem como o governo Dilma pela crise econômica. Porém, não leva em consideração a participação do candidato derrotado nas eleições, Aécio Neves, que junto com partidos parasitas do governo, praticamente inviabilizaram o segundo mandato com ações na câmara e no senado. Não menciona o papel da mídia na campanha, em apoio a Sérgio Moro e ao impedimento da Dilma. O PT certamente tem sua parcela de culpa, mas enfatizar unicamente neste aspecto, deixa transparecer uma tentativa de justificar o apoio a Ciro, um político que sempre foi de direita.

  4. Assino embaixo em gênero, número e grau com o que diz o articulista. Sem mentira nenhuma, muito do panorama de Ciro Gomes é exatamente o que penso no que foi escrito pelo articulista e o parabenizo por analisar o outro lado, que é a perspectiva do Lulopetismo. Este eu acredito que irá de ladeira abaixo e minguará e creio que é pra sempre. Depois da morte de Lula, acredito que o PT deixará de existir ou ele deixará de ser em definitivo a figura que permeou o imaginário de todos nós que vimos sua ascensão. Será do definhamento que vive hoje pra baixo, pra muito baixo.

    Para além disso, acredito que certas ponderações que acho que podem acrescentar na análise do cenário que temos hoje na política brasileira. A aliança de Ciro Gomes com o PSB representa não só uma fuga do hegemonismo do PT, mas também repercute dentro do Nordeste brasileiro e seu quadro institucional, quando nada, reduto esse ainda fortemente petista, com seus 4 governadores em 9 estados. A experiência petista nos mostra quando nada que a vitória de um discurso de esquerda depende de resultados em que se divida o sudeste em 2 e uma unificação de todo o nordeste, além da vitória pelo menos no Pará e no Amazonas.

    Mas falando especificamente no Nordeste, a região tem um valor eleitoral muito maior do que o centro sul preconceituosamente possa imaginar. O Nordeste representa o segundo maior colegiado eleitoral do Brasil por região, com a Bahia liderando e sendo o quarto maior colegiado do país, tendo esse mesmo Estado nas cidades de Feira de Santana e Salvador as maiores cidades do interior e entre as capitais, respectivamente (e é a maior cidade do centro sul). O cuidado que ele teve em criticar o que ele chama de burocracia corrompida do PT e tecer elogios ao petismo no Nordeste deu a ele a possibilidade de criar um livre trânsito dentro de uma região que se sozinha não vence eleições, mas tem como característica fortíssima a união em torno de um candidato e discurso e uma votação em conjunto e sempre com desempenhos acima de 70% em muitos casos, tanto no primeiro quanto no segundo turno e isso numa região que agrega em torno de si 1/3 da Federação, com 9 estados. O Nordeste sozinho não ganha eleição, mas é o passaporte de um segundo turno, onde o inexpressivo Fernando Haddad, com sua campanha feita nas coxas, também provou. Para além das incompreensões que o Centro Sul tem em relação a nós, o Nordeste brasileiro tem hoje uma união política que nunca antes existiu, embora muito idealizada de integração e colocando – se de lado as rivalidades regionais que sempre foram muito arraigadas, onde só São Paulo tirava proveito disso.

    Não é pouco relevante a união com PSB, pois o PSB é governo em Pernambuco, na Paraíba e Espírito Santo, com força mediana na Bahia e representatividade em São Paulo (no que me parece, Márcio França saiu muitíssimo maior do que entrou nos seus embates com Dória) e em Minas Gerais. E cito os estados Pernambuco e Paraíba, sobretudo Pernambuco, pois este é o maior inimigo de Pernambuco dentro do Nordeste brasileiro. Estaremos na iminência de ver um feito histórico da aliança de Pernambuco e Ceará e levando ainda o Sudeste em torno de um projeto.

    E aliança com o DEM não é menos eloquente pela sua crescente na Bahia, enfrentando um petismo que fará 16 anos no Palácio de Ondina frente ao um ACM Neto tentando reviver o carlismo e em crescente eleitoral. E nisso tudo, a nível de disputas municipais (e estas repercutem e muito na presidência como sabemos) o petismo baiano vive de um ciclo extenso que na Bahia quando se exaure, é em definitivo. E o DEM controla ainda as prefeituras de Salvador, Feira de Santana e Camaçari, esta última que é cede do pólo petroquímico cujos os cofres são gordos, portanto, de alto valor estratégico.

    A jogada de Ciro é realmente inteligente e muito habilidosamente constrói seu nome e seu leque de alianças. Neutraliza o petismo em muitos daqueles que por Lula foram desmerecidos com um livre trânsito nas lideranças fora do centro sul e que são seus coirmãos, mas sem cair em paroquialidades e sem perder sua imagem de político nacional e que deseja falar nacionalmente sempre, buscando ter a política de boa vizinhança com um certo petismo que lhe é simpático, tocando sua vida abrindo o leque de discursos com uma direita que tenha seu discurso como palatável e tudo isso visando unificar o Nordeste brasileiro em torno de seu nome e tentando ter suporte partidário no sudeste.

    Dependerá dele manter o seu nome e sua crescente e abrir o olho, pois é costume nessas horas de caos e indefinições no Brasil, certos aviões caírem, como foram com Castello Branco, Eduardo Campos e Teori Zavascki.

  5. Exato, na mosca. Ciro precisa continuar a fazer o que está fazendo. Seu discurso está certo e alinhado com o que o País precisa.

  6. “Dilma é o puro suco do moralismo da antipolítica que acha que todos são corruptos, menos ela.”

    Depois do áudio do Jucá, eu não tenho dúvidas disso. Agora, é uma colocação infeliz. Dilma comprou muita briga dentro do próprio partido por ser assim. Briga com o “lulopetismo corrupto” como o Ciro gosta de se referir. Deveria ser elogiável.

  7. O Ciro Gomes está começando formar o Bloco de Partidos para brigar em 2022, os apoios que ele junto com seu partido o PDT estão conseguindo fortalece muito uma chapa capaz de derrotar qualquer candidato no Segundo turno em 2022, o candidato Ciro está tendo mais espaço na grande mídia, e com isso ele divulga melhor o PND para tirar o Brasil desse buraco, eu acredito que o Ciro chega com pelo menos 30% até o dia da votação.

  8. Quer dizer que a solução é Ciro aliado ao DEM, ACM, Maia, e qualquer outro partido de direita desde que sirva para derrotar o PT. Esse é o projeto desenvolvimentista do Ciro? Tem uma certa coerência pra quem já esteve no PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSDB, PROS e agora encontrou guarida no PDT. O Candidato das bravatas não cumpridas. OBS: Não acho que o PT deva ser o único partido a se considerar nessas próximas eleições, nem acho que Lula deveria ser candidato, nem que pudesse, ou qualquer outro petista necessariamente. Considero que o mais importante agora é encontrar um candidato de consenso das esquerdas e até centro-direita, mas o discurso do Ciro não convence e vocês que eram uma página que eu procurava ler, passando a ser porta-voz de Ciro Gomes realmente perco o interesse.

    1. Para derrotar o PT? Não. Você está meio enganado nessa conclusão. Para apresentar uma proposta de projeto ao Brasil? Sim. Enquanto outros continuam a preferir tentar impor neutralidade a partidos de esquerda, simplesmente para não deixarem outros falarem, foi esta a solução que restou.

      O PT, por todas as evidências que deu, não quer participar deste novo projeto que surge. OK. Justo. Então resta buscar espaço em outro lugar. Se vai ser com o DEM, não sou eu quem vai recriminar. Ao menos está lutando por espaço para propor algo que vá além de afago de ego de uma personalidade que, outrora brilhante, agora só quer nos submeter aos seus caprichos mesquinhos.

      Aliás, uma pena que o PT nacional tenha sido sequestrado para se tornar ferramenta única e exclusiva de promoção da agenda pessoal do Sr. Lula. Triste fim para o partido que representou por tanto tempo o pensamento considerado progressista neste país. Tá aí o perigo de não ter projeto, né?

  9. Existe um certo desespero do autor em chamar o Haddad de poste. De vinte citações, 21 o chamaram de poste. Tbm há uma forte repulsa à esquerda, uma tentativa frustada de isenção. Mas no geral, um texto razoável, não foge tanto da realidade.

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