No dia da votação, quando já está claro o desastre eleitoral do PT em São Paulo, Lula abandonou o candidato petista Jilmar Tatto e responsabilizou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, por deixar o partido rolar ladeira abaixo:
— Ela fez o que deveria fazer como presidente do partido e, segundo as informações, disse para o candidato que dependia única e exclusivamente dele. Ninguém poderia dizer o que ele deveria fazer. O candidato disse: eu vou continuar. Acho que foi atitude dele soberana de dizer que não ia retirar a candidatura — disse Lula.
O ex-presidente queria que o Haddad fosse candidato, mas não foi capaz de submeter o poste e teve que engolir o candidato da Família Tatto que efetivamente tem capilaridade na periferia da cidade e nas bases do partido.
Mas tudo bem. O partido não topou um acordo com Boulos porque tem uma poderosa bancada de vereadores que disputa voto com os candidatos do PSOL, e não tem motivo pra entregar tempo de TV, máquina partidária e a força do lulismo para um partido menor.
Mas o desastre do candidato majoritário certamente vai impactar a votação da bancada legislativa.
Lula já está lavando as mãos e oferecendo a cabeça do candidato e da presidente do partido em sacrifício. De malas prontas para a Bahia para transferir o comando do partido para os baianos, Lula vai deixar pra trás os derrotados.
A hora do Haddad também vai chegar. Os vereadores que perderem mandato irão cobrá-lo também com ajuda do chefe máximo do petismo. Vai ficar pequeno pra turma do sudeste que está tocando o partido em derrota atrás de derrota nos últimos anos.
