Na frente ampla não cabe veto

Por Ricardo Cappelli - Alguns personagens da esquerda notadamente contrários à política de Frente Ampla apareceram agora querendo estabelecer vetos.
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Por Ricardo Cappelli – Alguns personagens da esquerda notadamente contrários à política de Frente Ampla apareceram agora querendo estabelecer vetos.

Querem vetar o MDB ou o deputado Baleia Rossi por “ser ligado a Temer”. Curioso.

Quem escolheu dirigir a Câmara dos Deputados durante anos numa dobradinha com o MDB envolvendo presidências de comissões e as relatorias mais importantes?

Quem foi eleita presidente da República duas vezes escolhendo o MDB e Michel Temer como vice? Por que não colocou na vice alguém da esquerda?

Por Ricardo Cappelli - Alguns personagens da esquerda notadamente contrários à política de Frente Ampla apareceram agora querendo estabelecer vetos.

Engraçado. O MDB foi a noiva cortejada e levada ao altar durante anos, e agora não presta? Sinceramente, quem é Michel Temer no jogo do bicho? O que isso importa na atual conjuntura?

Formada a FRENTE contra Bolsonaro, o critério para escolha do candidato deve ser sua possibilidade de vitória, uma conta pragmática. Será uma disputa dura contra Arthur Lira. Precisamos ganhar. O Brasil precisa ganhar.

Por: Ricardo Cappelli.

  1. A iniciativa para vetar um nome é plenamente válida em uma Frente Ampla, senão ela não poderia ser chamada de frente, mas de adesão incondicional de algumas partes em relação às outras. Os eventuais vetos, entretanto, somente podem ser feitos desde que não comprometam a coesão necessária à existência da frente. Não faz sentido também argumentar contra o veto atual de Dilma contra um nome ligado a Temer usando contra ela o fato de que ela, no passado, não vetou o próprio Michel Temer. Pelo contrário, seria estranho se ela, Dilma, depois de ter sido traída de forma tão covarde pelo verme do Temer, continuasse disponível para ser enganada por esse indivíduo, acusado pelo Wikileaks de ter ligações com a CIA.

  2. Ah, para com isso. Uma eventual vitória do Baleia não seria uma vitória “nossa” nem “do Brasil”. A não ser que, por “nós” o autor se refira aos militantes profissionais que sonham com carguinhos na mesa caso os seus partidos façam parte da coalizão vencedora. E mesmo isso aí fica na dependência de os donos da coalizão não traírem os partidos de esquerda que, traindo a sua própria militância de base, resolvam entrar nesse barco fisiológico.

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