Pelo Núcleo Anti-imperialista PDT – Em 21 de dezembro de 1949, no Alto Volta (atual Burkina Faso), nasceu Thomas Sankara.
Ele foi um capitão militar, teórico revolucionário e pan-africanista que também foi o presidente de Burkina Faso. Ao terminar o ensino médio, aos 19 anos iniciou uma prolífica carreira militar, ligada à política.
Sankara tomou o poder em seu país por meio de um golpe popular em 1983, com o objetivo de eliminar a corrupção e o domínio do antigo poder colonial francês.
Graças a uma combinação de histrionismo, carisma, ousadia e lucidez, e seu indiscutível espírito revolucionário e rebelde, o mundo inteiro começou a falar do “Che Guevara africano”.
Depois de assumir o poder, ele lançou o programa mais ambicioso de mudança social e econômica já tentado no continente africano. Para começar, durante seu governo, o nome do país foi mudado de Alto Volta para Burkina Faso. Seu governo se caracterizou por não aceitar ajuda de outros países, buscando assim acabar com as dívidas externas que afogaram o país.
Além disso, durante seu governo, grande importância foi dada à educação e eles buscaram combater as doenças que espreitavam, como a febre amarela. Há também uma grande luta pelos direitos das mulheres, já que durante seu governo, a mutilação genital feminina, os casamentos forçados e a poligamia foram proibidos. Em 15 de outubro de 1987, Sankara foi assassinado junto com doze oficiais em um golpe organizado por seu sucessor e ex-colaborador Blaise Compaoré.
A deterioração das relações com os países vizinhos foi um dos motivos invocados por Compaoré ao afirmar que Sankara comprometeu as relações externas com a ex-potência colonial francesa e a vizinha Costa do Marfim. O corpo de Sankara foi rapidamente desmembrado e enterrado em uma sepultura anônima. Atualmente sua figura é lembrada não só em Burkina Faso, onde é considerado um herói, mas também em outros países.
Sankara vive!
Núcleo Anti-imperialista PDT.
