Olavo de Carvalho contra os militares

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A briga no Reino entre o círculo ianque-sionista liderado por Olavo de Carvalho e o grupo militar liderado por Mourão fica mais clara quando se tem atenção ao que guru da Virgínia vem escrevendo nas últimas semanas.

Há semanas que o filósofo do Einstein Visa pede para que Bozó abandone os diversos estratos que formam o arco de alianças do governo e busque se conectar diretamente com o povo por meio das redes sociais e da TV.

O círculo ianque-sionista acredita de fato que pode apostar em uma união carismática entre Bozó e sua massa de seguidores, organizados por meio de grupos de WhatsApp e noutras redes, como meio de criar um núcleo que contrabalance as outras instâncias de poder.

Desse modo, Jair Bozó poderia sobreviver com autonomia suficiente diante da política partidária, do lavajatismo, da burocracia civil e militar, da grande mídia. Para que tudo funcione bem, Guedes manteria as pontes com o ”mercado”, e outros grupos de olavetes estabeleceriam, pelo topo, a união com os EUA e Israel.

O círculo ianque-sionista liderado por Olavo sonha com esse tipo de arranjo e reage contra qualquer elemento que se oponha aos meios necessários para essa articulação. Daí as brigas em sequência com o Congresso, com o PSL, com pastores evangélicos, e agora com os militares.

Essa é uma das principais disputas no coração do Reino, e que vai mantê-lo em xeque por algum tempo, até que Jair Bozó perceba que a massa de fanáticos disposta a gritar ”mito! mito!” não é tão grande nem tão convicta quanto ele supõe. Quando isso acontecer e se expressar em índices de popularidade patéticos e grandes protestos de rua contra a crise econômica e as medidas impopulares, aí o governo será colocado de joelhos.

Mas por quem?

Por André Luiz Dos Reis