Olavo de Carvalho contra os militares

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Nos últimos dois dias, Olavo de Carvalho escancarou nas redes sociais a crise com os militares. Ele já vinha dando sinais de que atacaria os generais há algumas semanas, não só em seus impropérios dirigidos para Mourão, mas também contra o ”positivismo”, segundo ele a ideologia mais arraigada na elite brasileira.

Recentemente, o guru da Virgínia perdeu a vergonha e partiu pra guerra. Os militares seriam responsáveis pelo período de hegemonia do ”comunismo”. O golpe de 1964 teria sido uma oportunidade perdida, pois as FFAA permitiram que seus inimigos se fortalecessem em pleno regime militar.

Desse modo, Olavo propõe uma analogia com o que estaria acontecendo atualmente. Ao não divisarem o lado mais profundo da guerra cultural iniciada pela vitória de Bozó nas eleições, os generais estariam, mais uma vez, preparando o retorno, ou antes, a continuidade da esquerda em suas posições de poder.

O filósofo ocultista não parece ter meios de vencer uma disputa com o alto escalão das Forças Armadas, a não ser por um detalhe muito importante: ele comanda o coração do Presidente e de seu círculo mais próximo.

A prova definitiva dessa força está na viagem de Bozó chefe a Israel e nas reiteradas promessas de mudança da Embaixada brasileira para Jerusalém, além do reconhecimento das Colinas de Golã como território sionista. Outro exemplo, é a permanência de Ernesto Araújo à frente do Itamaraty.

Os generais ocupam funções e quadros na máquina administrativa que são fundamentais para a vitória nesse embate contra o ”desequilibrado” guru, mas ele, por sua vez, possui a ”Rainha” e os ”Bispos” nesse jogo de xadrez. Enquanto os militares não derrubarem uma dessas peças poderosas que protegem o dono do Reino, o impasse vai demorar a ser resolvido.

Entreguem Flávio para os leões, cortem as asinhas de Dudu Bozó, defenestrem Carluxo, e a muralha em torno do Rei cede. Daí será mais fácil proceder ao exorcismo.

Por André Luiz Dos Reis