A era dos absurdos: pandemia, banditismo e charlatanismo

A era dos absurdos: pandemia, banditismo e charlatanismo
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Antes mesmo da pandemia da Covid-19 deixar um lastro de mortes e crises sem precedências, vivenciávamos uma era de profundas mudanças de paradigmas.

Até porque o processo civilizatório assim como suas regressões são contínuos. Uma pandemia, como historicamente se verifica, proporciona uma aceleração histórica, e foi o caso de anteriores pandemias enfrentadas pela humanidade.

No Brasil as polarizações políticas, muitas das vezes insanas e deletérias, já davam inequívocas demonstrações de sua estupidez, da regressão de direitos, e de incivilidade que mergulhou o país.

Os insultos, a insciência e a ignorância demarcavam cotidianamente o debate político, e as repercussões sociais alimentavam divisões e polarizações que se autossustentavam.

Agora que a pandemia mata, enferma e colapsa todo sistema de saúde, arruína a economia, e destroça milhares de famílias, ideologizamos o vírus e politizamos a catástrofe.

O absurdo, a aberração e a irracionalidade tornaram-se “normais”, aceitáveis e cotidianos.
Manifestações canalhas, bandidas com direito a caixões e chacotas de estúpidos brincando com as vítimas e familiares de mortos pela tragédia pandêmica, são a consagração da desumanidade e do barbarismo.

A era dos absurdos: pandemia, banditismo e charlatanismo

Atitude inaceitável em qualquer ambiente civilizado do mundo e digno de cadeia e processos judiciais.

Outra marca fúnebre e criminosa desta era de absurdos é o presidente da república que deverá responder perante a comunidade internacional por genocídio e por receitar remédio constatado pela ciência do seu risco e sua ineficácia. (O presidente jamais frequentou uma universidade de medicina, deve ficar dopado com um AAS infantil.)

Repugnante da mesma forma desta era do absurdo e da insanidade é a postura indigna de banditismo dos seguidores de charlatões e picaretas da fé, que se utilizam da crença e da espiritualidade de nossa gente para tomar dinheiro e propagar o ódio e ignorância, além de contribuir para propagar o vírus, e se utilizar de discursos e pregações embusteiras.

As igrejas sérias – e que são muitas – devem dar um basta ao charlatanismo e esses mercadores da fé e de ódio. Não se pode confundir vigaristas, com históricas, respeitáveis e seculares igrejas responsáveis.

Nesta era absurda irracional na qual estamos vivendo, o vírus que não tem partido, ideologia, classe social ou etnia. Mata agora milhares por dia no Brasil destruindo famílias e sonhos, sem piedade. Não há remédio e nem vacina. A única coisa que se pode fazer é ter uma atitude responsável, humana; ou seja, isolar-se e respeitar a ciência, pois o resto é charlatanismo e absurdo.

Porquanto não são aceitáveis piadas e deboche. É preciso ter governo e liderança para tirar o Brasil desta catástrofe que Bolsonaro e seus acéfalos, com as digitais genocidas, arruínam o Brasil diariamente.

Por Henrique Matthiesen, Bacharel em direito e Pós-graduado em Sociologia.