O que é que significa um projeto para diminuir depósito compulsório de bancos e garantir bancos que venham a quebrar?
É tão simples quanto desconhecido do grande público.
É aumento da emissão de moeda.
É isso mesmo.
Duas únicas entidades podem emitir moeda na economia moderna:
O Estado, por direito, e os bancos, na prática.
Como bancos privados emitem moeda?
Com um processo chamado de alavancagem.
Suponha que um banco tenha 100 bi em depósitos.
Não há nada que o impeça de emprestar os 100 bi para outros. Ao fazê-lo, os 100 bi viraram 200 na economia: os 100 bi nas contas dos depositantes originais e os 100 bi em créditos nas contas dos devedores.
Se esses devedores transferem esse dinheiro para outros bancos o processo pode se repetir indefinidamente multiplicando também indefinidamente a quantidade de moeda (escritural, mas moeda) na economia.
Na verdade, sem regulação, não há nada que impeça um banco de emprestar até mais do que 100% do que tem em depósitos.
É claro que quanto maior a alavancagem, mais instável o sistema financeiro, com as instituições bancárias extremamente vulneráveis a uma corrida de saques.
Para aumentar a segurança do sistema e impedir a multiplicação infinita da moeda o BC cria o depósito compulsório: uma parte do que os clientes depositam tem que ficar recolhida no Banco Central e não pode ser base para novos empréstimos.
Assim, a cada novo depósito parte fica recolhida ao BC fazendo a quantidade total de moeda escritural na economia tender a um teto, um limite.
Quanto menor é o depósito compulsório, mais o Estado está transferindo seu poder de emitir moeda para os bancos privados decidirem para onde vai o crédito da economia e se apropriarem de riqueza real com pirâmides contábeis.
É isso o que o Bolsonaro está fazendo para aumentar o crédito, entendeu?
Ainda com programa de recuperação para os bancos que eventualmente quebrarem na brincadeira.
O neoliberalismo é o socialismo e farra fiscal para os ricos com capitalismo e austeridade para os pobres.
Classe média?
Já morreu, só resta o judiciário.
Bem vindo ao admirável Brazil novo!