RICARDO CAPPELLI: Guerra à vista?

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Fonte: Getty Images
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Foi presa no Canadá no dia 1º de dezembro uma das principais executivas e filha do fundador da Huawei. A gigante chinesa é a maior fabricante de equipamentos de telecomunicação do mundo. Foi detida sob acusações “estranhas” e deve ser extraditada para os EUA.

Os chineses têm investido bilhões de dólares em ciência, tecnologia e inovação. Parecem ter aprendido com os tropeços dos comunistas da União Soviética que estar na fronteira do conhecimento é decisivo.

A CIA/NSA não brinca em serviço. Prenderam e desmoralizaram os principais executivos da Samsung há alguns meses. A gigante sul coreana disputa mercado com empresas norte americanas. A acusação contra os executivos? A velha e boa corrupção, é claro.

A agência do Tio Sam não vacila. Age em estrita sintonia com os interesses estratégicos do seu país. Nacionalismo na veia, que alguns patetas consideram ter morrido.

Sob o manto da moralidade desmontaram a ousadia brasileira de ocupar mercados no mundo em parceria com os BRICS. Até no futebol se meteram tentando quebrar a FIFA, único mercado global onde os “amigos” do norte não apitam.

É pouco provável que Xi Jinping fique assistindo passivamente a ofensiva de Trump. Não seria surpresa a prisão de executivos norte americanos como resposta. Muitos deles passeiam felizes pelas ruas de Pequim.

A Nova Guerra Fria está a todo vapor. E vai piorar. Circulam informações de que Rússia e China estão se preparando para abandonar o dólar como moeda padrão das transações internacionais. Seria colocar em xeque o domínio norte americano sobre as finanças mundiais.

A China sabe o que está fazendo em quais serão as consequências. Seu orçamento militar não para de crescer. Putin utilizou dez anos do barril de petróleo a mais de 100 dólares para tornar o exército russo o mais moderno do planeta.

Se a Guerra será “fria ou quente” é a única dúvida. Elá já começou faz tempo, e será cada vez mais aguda.

Por Ricardo Cappelli