Apelo à unidade anti-fascista

LUIZ EDUARDO SOARES Apelo à unidade anti-fascista
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No campo das esquerdas, tem sido crescente o apelo a revisões críticas e auto-críticas. Afinal, se o país está à beira do abismo, com ameaças seguidas de golpe por parte do garimpeiro genocida do Planalto, se o que nos resta de democracia e de respeito constitucional está se esvaindo a cada dia, ante o avanço do fascismo, é porque, além de um vasto conjunto de fatores que não controlamos, alguns erros nós cometemos. Pelo menos um deles é inegável: nós subestimamos o inimigo. Acho que até aqui há consenso. Muito bem, se é assim, o que não se pode admitir em nenhuma hipótese? A resposta é simples: repetir o erro. Que se cometam erros novos é natural e, na prática, inevitável. Mas insistir no mesmo erro seria estúpido e irresponsável, e demonstraria um nível de incompetência, tibieza, pusilanimidade de nossas lideranças incompatível com a gravidade do momento que vivemos. Não é preciso ser um estadista, um visionário ou um gênio para reconhecer que subestimamos o potencial de contaminação e de letalidade do fascismo no Brasil, e que não podemos continuar a subestimá-lo. A história não se repetiria como farsa, mas, dessa vez, como tragédia absoluta.

Ontem, dia 16 de maio, Marcelo Freixo deu o primeiro passo, teve a coragem e a grandeza de fazer o gesto urgente, apontando o óbvio: diante da dupla catástrofe, a pandemia e Bolsonaro, não podemos pensar como antes nem agir como antes. Não estamos diante de mais uma eleição municipal em contexto de normalidade democrática. Agora, tem de cessar tudo o que a antiga musa canta. É imperioso e inadiável que cada partido, cada corrente, cada liderança, cada pré-candidato adie seus legítimos projetos próprios, ponha suas cartas na mesa, zere o jogo e se abra, desarmado, para uma grande concertação de todas as forças anti-fascistas, as quais não se esgotam nas esquerdas. Não é hora de fazer cálculos para 2022, simplesmente porque as eleições de 2022 estão em risco, como as vidas de todos e todas nós, seja pela progressão da pandemia, seja pela iminência de um golpe. O governo federal aposta no caos, anseia por saques, desespero popular, governos estaduais falidos, sem pagar funcionários, Congresso dividido, metade comprado, Supremo acuado, chantageado, mídia reduzida à irrelevância com sua fé retórica no funcionamento das instituições, crescentemente assaltadas pelo fascismo. Este será o momento em que Bolsonaro reivindicará concentração de poderes excepcionais no Executivo e nós começaremos a ser presos, se não executados, como prometeu o próprio presidente, em famosa entrevista: “O erro da ditadura não foi torturar, mas torturar e não matar depois. O Brasil só vai mudar quando matarmos uns 30 mil.” As milícias estão a postos, segmentos policiais estão a postos, grupos se armam, setores das Forças Armadas aquecem os músculos e unificam o discurso ameaçador. E nós, o que fazemos? Vamos continuar com as disputas miúdas de egos, carreiras, doutrinarismos sectários, calculando quantas cadeiras faremos nas Câmaras municipais, como ultrapassaremos a cláusula de barreira em 2022, como fortaleceremos nossos pré-candidatos à presidência?

Pelo amor do que houver de mais sagrado para cada um e cada uma de vocês, companheiros e companheiras, despertem de seu sono dogmático, despertem enquanto é tempo -se é que ainda há tempo. Freixo saiu na frente, saindo da frente de um processo que estava congelado e agora precisa se completar na formação de uma ampla frente anti-fascista. Sem olhar para trás. Exigindo compromisso com o futuro. O que está em jogo é a vida ou a morte. É a história de lutas do povo trabalhador brasileiro. É preciso a união de todos em torno da candidatura -em cada capital, pelo menos- da pessoa capaz de ampliar o movimento e de competir para vencer, em nome da resistência anti-fascista. A credencial indispensável é o compromisso claro de enfrentar o fascismo em todas as suas dimensões, chamando-o pelo nome.

Escrevo este texto com tanta emoção porque fui informado de que, assim que souberam que Freixo se retirara da disputa, partidos e lideranças do campo progressista passaram a rever suas estratégias de pontos de vista meramente eleitoreiros, sem qualquer alteração quanto à disposição de competir nos mesmos termos dos anos anteriores, sem nenhuma consideração, sem nenhuma consciência sobre o que está diante de nós. Será que não resta um mínimo de lucidez e de grandeza? Ninguém mais se erguerá ao lado de Freixo, mostrando estar à altura de seu gesto e se somando a ele na convocação para um pacto anti-fascista?

Por Luiz Eduardo Soares

  1. É interessante esses mediocres ai falando de fascismo,anti-fascismo, ou seja chamando todos os eleitores de Bolsonaro de fascistas,do qual nos da o direito de chama-los de comunistas stalinistas que provem de Stalin,tão criminoso até denunciado pelos proprios comunistas,comparando a um Hilter, onde sem ao menos esses mediocres tem a capacidade intelectual de saber o que é fascismo?, e tem mais, os mesmos são tão retrógrados que ainda usam a expressão erroneamente de esquerda e direita, colocando ao seus modos de pensar mediocre o que é de direita e o que é de esquerda, remetendo os mesmos a um simples posição que existiu na Assembleia Gerais durante a revolução francesa e imperio napolêonico, quem perpetua num consenso de demonizar os democratas,os liberais,chamando os mesmos de “DIREITA”, e os marxistas pró-ditadura proletariado,restrições de liberdades,partido unico,portanto anti-democratas como tem na China,Vietnã,Cuba,Laos,Coreia do Norte, e o que existia na antiga União Sovietica imperialistas nos demais paises por ela ocupado na Eurasia,e assim se auto proclamam de “ESQUERDA”, de modo de forma desonesta usam as liberdades de expressão existentes no mundo livre,democratico,da que eles chamam de DIREITA, para conquistar o poder, e assim que tomam o poder, passo a passo procuram destruir a democracia, e implantar a ditadura do proletariado(expressão essa proletariado já arcaica)e assim alastrar a ideologia marxista de partido unico o comunista, como tem na China,Vietnã,Laos,Coreia do Norte,Cuba, onde já sabemos a imensa restrições de direitos e liberdades de expressão, que existe nesses paises sempre com o paredão(pena de morte)funcionando mantando opositores.

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