Tabata Amaral e o patrulhamento dos sem moral e sem noção

A postagem no Facebook do governador João Doria de uma foto dele com a deputada Tabata Amaral provocou mais uma saraivada de ataques da blogosfera petista pra cima da jovem parlamentar pedetista.

Uma simples audiência pública e republicana entre uma deputada federal, que tem a educação como principal bandeira, e o governador de seu estado, para tratar de demanda da comunidade da escola de Suzano, palco de uma tragédia que abalou o país, se transformou em mais um pretexto para ataques baixos de parte de quem não possui nenhuma condição – moral ou política – de atacar ninguém.

O que era pra ser uma atitude louvável da deputada Tabata se transformou num pecado ou mesmo num crime para a lacrosfera petista.

João Doria, oportunista como poucos e que se preocupa com a própria imagem muito mais do que com os problemas do povo paulista, aproveitou para tentar surfar na boa imagem que a Tabata vêm construindo nesse início de mandato.

A postagem da foto no Facebook do governador é a prova mais cabal disso. É Doria que buscou aparecer com a Tabata e não o contrário.

Hoje em dia se recebesse Haddad ou Gleisi Hoffmann, Doria certamente não iria postar foto nenhuma pra não queimar seu filme.

Mas João Doria já tirou e postou muitas fotos com a alta cúpula do PT. Nos governos Lula e Dilma promoveu, com generosos patrocínios públicos, eventos de puro lobby como os fóruns de Comandatuba.

Ali juntava empresários ávidos por bons contatos e contratos junto ao governo com figuras de proa do PT, dispostos a “interagir” com os representantes do mercado.

Para o PT isso é normal. Pecado mesmo é uma deputada do PDT ter uma audiência às claras com o governador do seu estado.

Os grandes “erros” de Tabata Amaral, para a cúpula do PT, são os fatos dela ser do PDT, apoiar Ciro Gomes e ter estabelecido uma liderança crescente em setores da classe média paulistana que o Lula sonhava em levar para o PT com a assunção do uspiano e quase tucano, segundo suas próprias palavras, Fernando Haddad. O resto é marola e recalque.

Para eles a Tabata Amaral é ruim. Bons são Eunício Oliveira, Paulo Maluf e Valdemar Costa Neto.

Na audiência do despreparado ex-ministro Vélez Rodrigues na Câmara dos Deputados foi da Tabata a mais contundente e eficaz intervenção, entre as dezenas de deputados que falaram naquela sessão.

Foi a fala que teve maior repercussão e alcance e acabou por ser decisiva na queda do ministro. Feriu o governo pela forma e pelo conteúdo.

Ali já se via na blogosfera petista, nos dias que se seguiram, muito mais críticas à Tabata do que ao Vélez, o que é surreal.

Agora, para desespero desses setores da blogosfera e da cúpula do PT, a Tabata não parece em nada preocupada com esse patrulhamento.

Está usando seu mandato como uma ferramenta para ampliar o público para suas propostas e mensagens. Furou rapidamente a bolha da esquerda. E cresceu politicamente.

Importância política da Tabata Amaral cresce na mesma proporção que a lacrosfera petista fica cada vez mais limitada a falar dentro da própria bolha e perde peso no mundo real.

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