Trump e Irã, desde César…

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Ninguém faz guerra em lugar nenhum do mundo preocupado com sua imagem internacional ou com valores elevados, como democracia, meio ambiente, direitos humanos e etc.

O que interessa é o poder. E quem confere poder, no caso dos EUA, é o eleitor norte americano. Ninguém do Oriente Médio vota na terra do Tio Sam. Tanto os EUA quanto o Irã planejam seus movimentos apenas de olho no público interno.

É assim desde que César, deposto, juntou um exército e partiu para conquistar a Gália, uma conquista inédita, que lhe deu força, fama e prestígio em Roma. Foi o suficiente para que ele tivesse a certeza de que seu poder lhe permitia atravessar o Rubicão para ser consagrado pelos romanos.

A manobra de Trump e a resposta do Irã foram tão calculadas que parecem até ter sido combinadas.

Ambos estão cantando vitória para seus públicos internos. Trump sempre manifestou interesse de se retirar de conflitos longe de casa. Tirou uma “casquinha eleitoral” assassinando um “general terrorista”.

O Irã atacou bases americanas sem ceifar vidas do inimigo. Resposta na medida para seu público interno.

Nenhum dos dois têm interesse pela guerra, as consequências seriam imprevisíveis. O Irã não é um país qualquer. China e Rússia assistiram de braços cruzados?

Se ficar como está, Trump pode ter marcado um gol para sua reeleição.

Por Ricardo Cappelli