As novas fases da Vaza-Jato, operação jornalística capitaneada pelo site Intercept Brasil, continuam a trazer a público revelações sobre os meandros da Lava Jato.
Primeiro, o Intercept Brasil divulgou mensagens essencialmente de diversos grupos do Telegram, nos quais procuradores fizeram críticas aos danos que Sérgio Moro causaria à imagem de imparcialidade da Lava-Jato.
Alem disso, dentro da Força-Tarefa de Curitiba, procuradoras tentavam convencer os demais para que marcassem posição contra posições do candidato Bolsonaro contra à instituição, sem sucesso aparentemente.
Logo depois, a jornalista Monica Bergamo trouxe à tona o apetite de Deltan Dallagnol pelo petista Jacques Wagner. Com o político baiano já eleito, Deltan cobrou de seus pares alguma operação contra o futuro senador.
Quando outros procuradores colocaram panos quentes, o coordenador da Lava Jato afirmou que desejava nova busca e apreensão contra o petista ainda que “simbólica”.
No conteúdo, revela-se a parcialidade da operação, muitas vezes elegendo o alvo, para depois buscar os fatos. Além disso, fica a gigantesca abrangência do material obtido pelos jornalistas. Foram envolvidos procuradores do Rio de Janeiro, do Distrito Federal e de São Paulo (justamente onde a Lava Jato já produziu filiais), além do cotado a Procurador Geral da República José Robalinho.
Todos esses personagens certamente passarão a atacar o Intercept Brasil. Mas o site, emulando a própria Lava Jato, parece preparado a continuar a divulgar suas reportagens de forma calculada e à conta-gotas, mantendo o interesse do público enquanto cerca seus adversários.